Seis redes europeias de supermercados, incluindo duas de propriedade da empresa holandesa Ahold Delhaize e uma subsidiária do Carrefour, informaram nesta semana que não venderão mais derivados de carne bovina do Brasil devido a laços com o desmatamento da Floresta Amazônica.
De acordo com a agência de notícias Reuters, os compromissos vão do anúncio da rede de supermercados Lidl Netherlands na quarta-feira (15), que se comprometeu a parar de vender toda a carne bovina originária da América do Sul a partir de 2022, a decisões mais direcionadas de suspender a venda de certos produtos de carne.
Os boicotes são uma reação a uma investigação da entidade Repórter Brasil, que alegou que a JBS utilizou carne de vacas de pastos em áreas desmatadas ilegalmente, em um esquema conhecido como “lavagem de gado”.
A JBS disse à Reuters que tem tolerância zero com o desmatamento ilegal e que descartou mais de 14 mil fornecedores por não se adequarem às suas políticas. A empresa disse que o monitoramento de fornecedores indireto é um desafio para todo o setor, mas que a JBS instituirá um sistema capaz de fazê-lo até 2025.
Um porta-voz da Albert Heijn disse à Reuters que atualmente a empresa só vende alguns produtos de origem brasileira por semana. Já a francesa Auchan também deixará de oferecer produtos de carne ligados à JBS em suas prateleiras. Os supermercados Carrefour e Delhaize da Bélgica não venderão mais a marca de carne seca Jack Link’s.
A britânica Sainsbury’s disse que não obterá mais a carne bovina que vende com sua própria marca do Brasil, mas que 90% de sua carne bovina já é fornecida pelo Reino Unido e pela Irlanda.
(Com informações Folhapress)