Há 19 anos, saia a primeira edição impressa do jornal O Estado. Na época em que não havia smartphones e a internet engatinhava com os primeiros portais, o jornal impresso era a maior fonte de informação diária, ao lado da televisão. Quase duas décadas depois, o grupo está se preparando para alçar novos voos com a web rádio, além do conteúdo diverso do portal de notícias e a TV on-line.
Lídia Vallér, esposa do diretor Jaime Vallér, foi a idealizadora do jornal, mas ela não se limitou a criar o projeto. Ela ajudou em todas as vertentes no crescimento do grupo. No dia 2 de dezembro de 2002, a primeira edição do jornal veio em uma cesta de café da manhã, feita pela própria Lídia, que comprou todos os produtos e, com ajuda, montou as cestas uma por uma.
A cesta precisava ser entregue antes do horário do café da manhã, já que este era o momento em que as pessoas se informavam para seguir o resto do dia de trabalho. E assim foi feito: as cestas chegaram nas mãos dos primeiros leitores do jornal O Estado.
Todo o esforço era válido para tornar o sonho realidade. “Eu tinha um sonho de ter um jornal, um jornal verdadeiro, não um jornal maldoso”, contou em entrevista ao O Estado Play, TV on-line do grupo.
E quando o jornal já circulava, Lídia ajudou de toda forma que pode, inclusive sendo motorista dos repórteres. “Não tinha [o número de] carros suficiente para sair, então, eu dizia sobe aqui que eu estou indo”, relembrou. “Eu era motorista do jornal, aqui eu fazia de tudo”, completou.
Impacto
O Estado sempre teve em sua fundação, a inovação que o diferencia dos demais. Muito antes das cestas de café da manhã com a primeira edição chegarem aos leitores, uma equipe já atuava para consolidar a marca. Era o departamento comercial, responsável pelos anúncios e publicidade.
A publicitária Maria de Oliveira Alves, atua no grupo desde o início, tão do início que era muito antes da primeira edição sair da gráfica. “Nós começamos um mês antes. O jornal saiu em dezembro, mas a gente estava vendendo os anúncios já em novembro”, contou. Dos seus 30 anos de atuação, 19 se passaram dentro do O Estado.
Maria lembrou que a inovação do grupo já começava antes de seu lançamento, com uma estratégia de marketing ousada. “O Jaime [Vallér] não queria propagandas em outdoors falando sobre o novo jornal. Isso foi para causar impacto. E mesmo assim, nós conseguimos vender”, lembrou.
Não anunciar um novo veículo de imprensa. Uma estratégia que elevou ainda mais o nome do jornal, quando ele foi entregue para os primeiros leitores.
O Estado se prepara para novo lançamento
Ao longo dos anos, a marca se modernizou ao abrir espaço para o portal de notícias e TV on-line. O próximo grande lançamento é a web rádio, como anunciou o diretor Jaime Vallér.
“Em 19 anos, o jornal cresceu, evoluiu e conquistou um espaço muito grande no Estado e agora trabalhamos para lançar a nossa rádio web, crescendo neste setor e aprimorando a cada dia”, comentou.
Jaime ainda ressaltou que o que faz o empresário dar certo é ser audacioso, inovador, atrevido e confiar naquilo que se faz.
“Isso faz a gente ter sucesso, não somente eu, mas a família O Estado, a gente planeja e concretiza, oferecendo ao público um bom serviço, um jornal imparcial que está apenas divulgando a notícia. Queremos que as pessoas sintam-se à vontade e tenham em nós um lugar de aconchego”, finalizou.
As mãos de quem faz
Acompanhando a história do jornal O Estado, a jornalista e diagramadora Cláudia Regina, tem boas memórias desde quando tudo começou.
“Começamos a trabalhar no dia 15 de novembro de 2002 e a nossa primeira edição saiu no dia 2 de dezembro daquele ano. Foi o momento mais importante da história do jornal, foi um ano de muito trabalho e muitas conquistas”, lembrou.
Entre tantas páginas e títulos, ela tem uma memória especial para a cobertura política, que exige tanto da imprensa.
“O jornal passou por momentos impactantes, principalmente em anos eleitorais no qual toda a equipe se esforça em passar o melhor para o leitor, de forma segura, com eficiência”, disse.
E com o advento de outras mídias, o que dá fôlego ao impresso? Criatividade.
“Nos tempos atuais, buscamos chamar atenção do leitor com uma boa diagramação, leve, tentando atrair o público com boas fotos, manchetes chamativas, atendendo a modernidade. Além disso, fico feliz de ser três [veículos] em um, e todos trabalhando em conjunto, só temos a melhorar”. (Colaborou Raiane Carneiro)
Confira a edição impressa do O Estado.