Um estudo preliminar realizado no Reino Unido indicou que a variante Delta causa mais sintomas em crianças e adolescentes, principalmente febre e dores de cabeça, mas ela não é a causa de casos mais graves de COVID-19.
As infecções por variantes Delta e Alfa são caracterizadas por curta duração e carga de sintomas semelhantes. Este estudo foi conduzido pela mesma equipe do King’s College London, que concluiu no início deste ano que a variante Alfa não produz casos de COVID-19 mais graves do que o “vírus original”, que foi descoberto pela primeira vez em Wuhan.
Nesta última quinta-feira (7), novos dados sobre o impacto delta foram divulgados no medRxiv, plataforma de pré-prints, que ainda aguarda pré-lançamentos de pesquisas publicadas em periódicos científicos.
Metodologia e apontamentos
Foi realizada uma comparação pelos pesquisadores, entre dois grupos de crianças e adolescentes em idade escolar diagnosticadas com COVID-19: 694 infectados pela variante alfa entre o fim de dezembro de 2020 e o início de maio de 2021, e 706 infectados pela delta entre o final de maio e o início de julho.
Para as crianças (5 a 11 anos) um sintoma que também foi mais relatado do que entre os adolescentes e a população em geral foi a dor na região dos olhos. Os pesquisadores afirmaram que a maioria dos sintomas têm duração de até dois dias.