A terceira fase de soltura do projeto Wolbachia começa no dia 25 de outubro e está previsto para ser concluído em seis etapas. Serão mais de 15 bairros contemplados, além da introdução de uma nova ferramenta no trabalho para o combate das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em Campo Grande.
Segundo a prefeitura da Capital, o engajamento da população nos bairros foi necessário para que os moradores entendam como é feito o trabalho e que esta liberação não gera riscos à saúde. Assim, os bairros que irão participar dessa terceira fase são: Carandá Bosque, Carlota, Chácara Cachoeira, Dr. Albuquerque, Estrela Dalva, Jardim Paulista, Maria Aparecida Pedrossian, Noroeste, Rita Vieira, São Lourenço, Tiradentes, TV Morena, Universitário, Jardim Veraneio e Vilas Boas.
“Só iniciamos a soltura dos mosquitos quando temos um índice de aprovação satisfatório. Antes da fase de engajamento é feita uma pesquisa de opinião com a comunidade, e depois dela é feita outra, se percebermos que ainda não há uma quantidade necessária de pessoas com conhecimento sobre o projeto, nós retomamos as ações de engajamento”, explica o coordenador dos trabalhos, Antônio Brandão.
Os Wolbitos foram liberados semanalmente, durante 30 semanas, por agentes da prefeitura de Campo Grande. A primeira fase de implementação foram nos bairros: Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Centenário, Coophavila II, Tijuca e Lageado. Na segunda fase, os bairros contemplados foram: Taquarussu, Jacy, Jockey Club, América, Piratininga, Parati, Pioneiros, Alves Pereira, Centro Oeste e Los Angeles.
A eficácia dos métodos Wolbachia é comprovada. O RTC (Estudo Clínico Randomizado Controlado), realizado em Yogyakarta, na Indonésia, teve dados preliminares que apontam a redução de 70% dos casos de dengue, 60% de de cikungunya e 40% de zika nas áreas no qual houve a liberação dos Aedes aegypti com Wolbachia.
No bairro Moreninhas, uma nova ferramenta do projeto piloto na Capital será utilizada: a soltura de ovos do Aedes. As Casas do Wolbito serão instaladas pelas equipes das prefeituras em locais públicos, com água, ovos do mosquito e alimentação para as larvas.
“Sempre é importante lembrar que esses mosquitos não são geneticamente modificados e que não fazem nenhum mal ao ser humano e meio ambiente, mas os cuidados contra a proliferação do Aedes devem continuar normalmente, essa é uma ferramenta auxiliar”, alerta o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho. (Com Assessoria)