Otimista, governo prevê Ano-Novo e carnaval dentro da normalidade

Foto: Nilson Figueiredo
Foto: Nilson Figueiredo

Estado realizará ‘eventos teste’ para avaliar estratégias e critérios para a realização de futuras festividades

Com o processo de vacinação acelerado em Mato Grosso do Sul, o governo do Estado prevê normalidade para eventos no Ano-Novo, no dia 31 de dezembro, e no carnaval, que acontecerá entre os dias 26 de fevereiro e 1º de março do ano que vem. Até lá a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul fará eventos teste, em menor escala, para avaliar a possibilidade de realizar as festas.

De acordo com Eduardo Riedel, secretário estadual de Obras e presidente do comitê gestor do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia), os números positivos da pandemia levam o Estado ao eixo de retomada. “Hoje, a cada dez sul-mato-grossenses, seis estão imunizados”, comentou. Apesar disso, todas as decisões sobre eventos futuros passarão pelo crivo do setor da saúde e podem ser reavaliadas caso haja alta de infecções e mortes.

“O carnaval a princípio vai ser normal. A gente espera que até lá a situação esteja normalizada, no entanto, o que vai ditar isso é a saúde e os números da COVID-19”, afirma.

Para não serem pegos de surpresa, eventos teste estão previstos para acontecer até o fim do ano. “Serão em menor escala, mas no formato de grandes shows. Serão testes, todos com protocolos adequados e pilotados pela Fundação de Cultura”, explica Riedel.

Com o carnaval à vista, após um ano sem a festa, Gustavo Arruda Castel, presidente da fundação, já mantém conversas com as três ligas de escolas de samba do Estado para planejar os desfiles do ano que vem. “A ideia é realizar presencial com aporte do governo. A gente entende que eles tiveram dificuldade em 2021 e precisam desse apoio”, relata.

Com quatro meses para se preparar, o réveillon também está entre as apostas para o processo de retomada do setor econômico. Para isso, o governo diz que conta com a ajuda dos municípios “Acredito que a gente vai ter normalidade nas ações até o Ano-Novo, mas não podemos prever. Vamos medir, acompanhar e tomar as decisões necessárias, mas, pelo que temos visto, acredito em normalidade até lá”, esclarece Eduardo Riedel.

Para alavancar o setor da cultura, um dos mais prejudicados com a pandemia, o governo anunciou pacote de R$ 78 milhões. A verba será investida no FIC (Fundo de Investimentos Culturais), na realização de festivais em 2022, auxílios para trabalhadores e reformas de museus, teatros e espaços culturais.

 

MS descarta comprovante de vacina para acesso a eventos e concursos públicos

O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul descartou exigir a vacinação contra a COVID-19 como passaporte para eventos ou até mesmo inscrição em concursos públicos, a exemplo de alguns países que adotaram a medida para incentivar a procura pela imunização da população. Com mais de 92% do público-alvo vacinado com, pelo menos, uma dose, por aqui o tom adotado foi o encorajador e didático.

“Não vamos tomar nenhuma medida de obrigação. A medida que a gente tem tomado e é um mantra dentro do governo, é o exemplo, a fala, a clareza com que a gente coloca as coisas e pede para que a população tome a vacina”, explicou Eduardo Riedel, secretário estadual de Obras e presidente do comitê gestor do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia).

Segundo Riedel, a gestão estadual vai agir com cautela e “respeitar a decisão individual de cada pessoa”, mesmo as que se recusam a receber o imunizante. “Quando o privado toma a decisão do passaporte é uma opinião pessoal que, inclusive, acho bem-vinda, mas no Poder Público essa medida gera consequências de toda a natureza”, afirma.

Na avaliação do presidente do Prosseguir, medidas de incentivo à imunização surtem mais efeito que estabelecer obrigatoriedade. Para contextualizar a linha de raciocínio, ele usa o exemplo da França que, mesmo após exigir vacinação para que moradores fossem a bares, por exemplo, não alcançou o nível de cobertura que esperava.

“Lá as pessoas não estão indo e isso é uma questão cultural deles. Aqui temos trabalhado em induzir, e mostrar a importância da vacina. Ninguém virou jacaré e protegeu a população. Hoje, 82% das pessoas que estão indo a óbito não tomaram a vacina. Isso mostra que a gente não pode negar ciência dados e os fatos”, completa.

Apesar de ter ciência de que parte da população recusa as vacinas, Eduardo Riedel afirma que o governo comemora o avanço da imunização em Mato Grosso do Sul, que desponta como o estado brasileiro que vacinou o maior percentual de moradores.

“Temos um volume de vacinados extremamente expressivo e isso é fruto da informação clara de que a vacina surte efeito e de que não há risco. Por isso não acredito que haja necessidade de qualquer medida coercitiva, limitação ou obrigação. A gente respeita as pessoas, mas pede que tomem a vacina para proteger a si e ao próximo”, pontua.

Agora, a estratégia do governo do Estado está concentrada em começar as tratativas para a estratégia de vacinação do próximo ano, enquanto isso, avança na aplicação da terceira dose em idosos acima dos 60 anos e na imunização dos adolescentes. Nesta sexta-feira (3), desembarcam 37.440 doses de vacina da Pfizer do Ministério da Saúde na Capital. Até o momento foram recebidas 77.740 doses entre Pfizer e AstraZeneca.

(Texto de Clayton Neves)

 

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