A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) afirmou durante uma entrevista para a TV Cultura, que não há mais espaço para ela no PDT, mas ela ainda não sabe qual o seu destino na política. Segundo ela, a “lógica eleitoreira que prevaleceu no PDT” durante o voto da reforma da Previdência e as críticas públicas às suas posições por parte do partido fizeram com que ela não se encaixasse mais na sigla.
“Para mim, não há espaço mais para o PDT e, sobre a pergunta para onde vou, não tenho ideia ainda. Sei que duas coisas vão guiar a decisão: um partido que me dê espaço para defender minha visão do mundo, que entenda que ela é relevante, que fala do social mas também do desenvolvimento econômico, e que me dê liberdade para fazer o que eu estava fazendo no PDT.”
“O PDT deixou de ser meu partido, hoje eu não atuo mais como vice-líder, os projetos que eu tinha foram cancelados, na câmara não consigo fazer nada que dependa do partido e preciso falar com outros. E passados esses dois meses, a gente enviou uma carta ao presidente [do PDT] Carlos Lupi pedindo o julgamento e nenhuma resposta. Passou um mês e eu tomei essa decisão.”
A deputada declarou ainda que foi leal com o partido, e que o PDT mentiu para ela. “Em nenhum momento eu fiz algo diferente do que faria. Antes da campanha, eu falei sempre da reforma da Previdência e ao longo do processo tem entrevista, artigo em que eu dizia para votar a reforma, e que nestes pontos eu não concordaria.”
“Ficou mais amena a regra para os professores, voltou a idade mínima para as mulheres, saiu o BPC, a aposentadoria rural… então tudo o que a gente queria saiu. Foi leal com o que eu disse e com o que o PDT disse que faria durante a campanha. E me entristece essa lógica eleitoreira de que, para poder marcar posição e se eleger, você mente e faz diferente do que disse que faria”, finalizou.
(Texto: Karine Alencar com informações de UOL)