A Universidade Federal de Sergipe fez uma análise ontem (11), na qual, concluiu que o óleo que estava dentro de barris descobertos no litoral do estado é o mesmo das manchas de petróleo cru de origem desconhecida que começaram a atingir as praias do Nordeste no início de setembro, segundo fonte do governo federal com conhecimento sobre as investigações.
Nos barris encontrados contêm inscrições e etiquetas que podem ajudar a identificar a embarcação de onde caiu ou foi despejado o petróleo que causou um desastre ecológico no litoral brasileiro.
A Petrobras entregou ao governo federal um relatório sigiloso informando que o material das manchas não é de origem brasileira e contém, na realidade, as características do petróleo extraído na Venezuela.
O fato de esse petróleo ser o mesmo descoberto dentro de barris trazidos pelo mar para o litoral de Sergipe pode ser a primeira pista concreta da origem do vazamento que já contaminou 71 municípios nordestinos, afetando o turismo e a vida marinha.
Os barris contêm a inscrição “Argina S3 30”, um lubrificante da marca Shell, além de etiquetas da multinacional de petróleo. Como o que havia dentro deles era óleo cru e não lubrificante, os investigadores acreditam que apenas foram reaproveitados pela empresa que fazia o transporte do óleo venezuelano.
Além disso, em um dos barris, a etiqueta indica que a última vez em que ele foi usado para transportar o lubrificante da Shell foi em 17 de fevereiro de 2019.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações de UOL/Blog Diogo Schelp)