Muchileiros está em nova fase

Muchileiros
Divulgação

Com uma mescla de ritmos que passeiam entre latinidade e poprock, uma grande característica da banda, Muchileiros acaba de lançar o projeto Reza Fronteira. A proposta é levar o público a uma verdadeira viagem musical, por meio de um repertório que une, além dos sucessos autorais e de alguns covers já conhecidos da banda, homenagens com clássicos da música regional e paraguaia. Gravado no Teatro Glauce Rocha, o show traz elementos cênicos com projeções de imagens e exibição do artesanato, remetendo à influência cultural de Campo Grande com os países fronteiriços de Mato Grosso do Sul: Paraguai e Bolívia. O show marca também uma nova fase da carreira do grupo, que, com a saída do vocalista e guitarrista Carlos Bagre, agora segue com novos projetos e um novo componente.

De acordo com o vocalista Carlos Sória, no início, este projeto teria outra proposta, porém a banda decidiu ir além, após conversa com o produtor do Muchileiros. “A ideia surgiu em parceria com nosso amigo e produtor Daniel Escrivano e inicialmente era para ser uma live. Quando vimos toda a ideia, a equipe e o cenário decidimos aproveitar e transformar em um novo material da banda.”

“Quando fomos escolher o repertório, decidimos por dois clássicos, sendo ‘Trem do Pantanal’, ícone regional de Geraldo Rocca e Paulo Simões e a paraguaia ‘La Cautiva’, de Emiliano R. Fernandez. Além disso, colocamos músicas que integram o repertório da banda e o público que nos acompanha já está acostumado a cantar”, revela o vocalista.

Durante o isolamento social, a banda Muchileiros seguiu fazendo músicas e duas novas composições foram lançadas no show Reza Fronteira. “Na pandemia trabalhamos canções novas e duas delas colocamos nesse show. As músicas escolhidas para o show foram ‘Alucina’ e ‘Sonrrisa de um Niño’”, esclarece Sória.

O repertório de 17 músicas inclui ainda “Luna”, “Somos Uno”, “O Cara”, “O Céu ao seu Redor”, “Rumilda”, “O Surf”, “Um Astronalta”, “La Estación”, “Siga seu Caminho”, “Menina”, “Porque me Miras se no me Quieres”, O Bohemio” e “Frontera”.

Com 12 anos de estrada, os Muchileiros passaram por algumas mudanças, mas, segundo Carlos Sória, os objetivos seguem sendo os mesmos e conquistar a América Latina é um deles. “Desde o início mudaram algumas coisas e alguns integrantes mas a essência do Muchileiros segue sendo a mesma. Futuramente pretendemos expandir a nossa música a outros estados e também a outros países da América Latina. Vamos batalhar nesse objetivo.”

O show Reza Fronteira foi a despedida de Carlos Bagre, que junto com Soria trabalhou desde a vinda para Campo Grande, ainda em tempos de Piá Pançudo, antiga banda dos amigos. “Esse projeto foi a despedida do Bagre. Ele se mudou com a família para viver uma nova vida na praia e vai abrir um Buteco Alemão. O novo componente será o músico Otávio Bento”, relata com exclusividade Sória.

“A banda tem como ideal divulgar seu trabalho autoral e as diversidades musicais que existem na cultura de vários países, com ênfase na música latino-americana, além de transmitir ideias inspiradas nas viagens, aventuras, lugares, amores e lembranças do cotidiano”, finaliza Carlos Sória.

Trajetória

Criada há 12 anos, a banda Muchileiros nasceu com a dissolução da banda Clandestino (antiga Piá Pançudo), com integrantes vindos da fronteira: o paraguaio ex-artesão (hippie) Sória e Carlos Bagre, paranaense que por anos morou na fronteira. As influências latinas e andinas da região de fronteira sempre permearam o trabalho da banda, em que a miscigenação cultural está presente desde a formação. O paraguaio Sória, o paranaense Carlos Bagre e os campo-grandenses Flávio Otoni e Luís Carlos de Oliveira Júnior interpretam estilos variados e já se tornaram referência da música sul-mato-grossense.

O pop-rock presente na essência da banda se funde a outros estilos quando a banda incorpora instrumentos como zampoña, gaita de boca, flauta, acordeom, charango e trompete em suas apresentações, tornando cada show um grande espetáculo de originalidade.

Além de inúmeras apresentações em importantes eventos de MS, a banda, que tem três CDs e três DVDs gravados, acumula prêmios como Melhor Single do Ano, com “Porque me Miras se no me Quieres”, no Prêmio Rock do Mato (Campo Grande 2010), e foi a banda no estilo world music mais acessada no Prêmio Palco MP3 por dois anos consecutivos (2016 e 2017).

O projeto foi contemplado pela Lei Aldir Blanc, com apoio do FMIC (Fundo Municipal de Investimento Cultural) e Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo), e contou com apoio da Escrivano Produções e Vaca Azul. Para assistir ao show gratuitamente, basta acessar o canal da banda no YouTube: https://www.youtube.com/ watch?v=ePcU5LwLzrY

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