Pacheco diz que recesso do Congresso vai interromper CPI da Covid

BRASÍLIA, 26 de FEVEREIRO 2021: Presidente do Senado Rodrigo Pacheco durante entrevista na residência oficial em 26 de fevereiro, Brasília, Brasil. Fotos: Andressa Anholete/ Especial para El País
BRASÍLIA, 26 de FEVEREIRO 2021: Presidente do Senado Rodrigo Pacheco durante entrevista na residência oficial em 26 de fevereiro, Brasília, Brasil. Fotos: Andressa Anholete/ Especial para El País

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), declarou na manhã desta quinta-feira (1) que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid deve ser suspensa durante o recesso do Congresso Federal, de 18 a 31 de julho. Em entrevista à rádio CBN, Pacheco disse que, durante o período de paralisação, o prazo imposto para os trabalhos da CPI não será aplicado.

Pacheco rebateu a fala de Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, de que estaria tentando paralisar os trabalhos da CPI da Covid. “[Renan Calheiros] sabe a realidade do Parlamento”, disse. “Não fui eu que inventei o recesso parlamentar. O recesso parlamentar está previsto na Constituição Federal como uma imposição”, continuou Pacheco.

“Para que ele não aconteça, é preciso que haja consonância da Câmara com o Senado em algo excepcional.” O recesso só não seria realizado se a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) não fosse aprovada. Pacheco disse considerar a votação da LDO importante para o Brasil e, por isso, não gostaria que ela fosse atrasada para que os trabalhos da CPI fossem mantidos.

Sobre as suspeitas levantadas pela Comissão, como irregularidades na compra de vacinas, Pacheco declarou que são “preocupantes” e “evidentemente muito graves”.

“É evidente que esses fatos precisam ser apurados”, disse. “Em um momento como esse e em um tema como esse, de saúde, devem ser apurados até as últimas consequências, apontando responsabilidades (…) e impondo condenações àqueles que sejam culpados”.

Segundo ele, o governo “passa por um momento de dificuldade” não apenas por conta das investigações da CPI, mas também pelo enfrentamento à pandemia e pela crise econômica decorrente da covid-19.

(Com informações do Poder360)

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