A acusada está presa na Casa da Mulher Brasileira e deve ser transferida em breve
Em seu segundo depoimento à polícia, a mulher de 21 anos acusada de matar a própria filha de 5 meses afogada em um chuveiro ressaltou que estava deprimida e tendo alucinações há, pelo menos, um mês. Durante depoimento ela ainda reforçou a história de que ela própria causou os ferimentos na genitália de Melany.
Segundo a polícia, a acusada contou de novo que a criança nasceu com um problema de fechamento do canal vaginal e, sem dinheiro para comprar a pomada receitada por um pediatra, utilizou um palito de dentes. Aos investigadores, essa é a peça chave para a apuração do ocorrido. Além disso, desta vez ela conta que inseria o chuveirinho em Melany para fazer limpeza íntima da criança.
A história não convence os policiais da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), que investiga o caso. A suspeita ainda é de que a mãe tomou a atitude para despistar o estupro. A bebê apresentava lesões graves na genitália, típicas de violência sexual.
O foco é apurar o relato dado por um vizinho das visitas que a acusada vinha tendo de um motorista. Passou detalhes sobre o veículo que podem levar à investigação ao autor dos estupros ou, pelo menos,
uma pessoa próxima que saiba mais detalhadamente o que aconteceu.
A mãe foi autuada por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável. Os peritos já iniciaram os exames no corpo da bebê para descobrir detalhes sobre a causa da morte. Ela não tinha advogado constituído para sua defesa até a conclusão desta reportagem.
(Texto: Rafael Ribeiro)