Comandante do Choque vê maior presença e coincidência em casos de morte de suspeito

Divulgação/CHOQUE
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Coincidência e reflexo de uma maior presença de equipes nas ruas. Assim define o comandante do Batalhão de Choque (tropa de elite da PM) após as três ocorrências em sete dias que resultaram na morte de quatro suspeitos de assalto que reagiram às abordagens.

Segundo o major Rigoberto Rocha, as ações não evidenciam um suposto excesso de força por parte da PM, mas sim uma ação de presença maior nas ruas. 

“Lógico que tem toda uma coincidência, foram três ocorrências em uma semana, mas a gente também está com maior quantidade de equipes na rua. O trabalho de estatística, inteligência e planejamento faz toda diferença”, disse o comandante do Choque. “Não desejamos a morte de ninguém. O certo é que a ação seja ostensiva, preventiva, mas quando ela falha eu preciso dar resposta repressiva”, disse Rocha.

O major diz que o número de ocorrências de morte em decorrência de intervenção policial acaba crescendo por conta dos treinamentos realizados pelos policiais do batalhão.

“Imagina a tensão do policial vendo o criminoso armado, mas ele vai com aquilo na cabeça, ‘se ele reagir, eu atiro’. Levantou a arma, atirou. Não levantou e deitou, acabou, não há reação”, apontou o comandante do Choque.

Números da PM apontam que, neste ano, 308 pessoas foram presas em flagrante e 78 armas foram retiradas das ruas. Ou seja, na avaliação do comandante, o número de mortes de suspeitos é irrisório.

O primeiro caso registrado foi no último dia 19. Robert Mateus Rodrigues Anastácio, 19 anos, conhecido como “Mateus da Hortênsia” era investigado como líder de uma quadrilha desde dezembro. Acabou identificado após PMs realizarem uma invasão à residência. Seu esconderijo na Vila Santo Amaro (região norte) acabou descoberto e ele foi atingido após disparar contra os policiais.

As duas mortes seguintes foram de Gustavo Silva dos Santos, 23, e Guilherme Souza Camargo, 28. Procurados pelo Choque desde o dia 15 de maio, quando fizeram uma mulher de 44 anos e seu neto, de 1, reféns durante o roubo de uma caminhonete.

De acordo com informações do Batalhão, os dois faziam parte da quadrilha liderada por Márcia Paschoala Espírito Santo, conhecida como “Madrinha do PCC”. Durante a madrugada de sábado (22), equipes do Choque foram direcionadas para a Vila Piratininga (região sul) e viram um casal ser rendido pelos assaltantes.

Santos e Camargo levaram os carros das vítimas e foram perseguidos pelo Choque. Morreram após dispararem contra os policiais na tentativa de fuga. 

Já durante a tarde dessa terça-feira (25), Erli Alves da Silva, 27 anos, morreu depois de assaltar dois estabelecimentos na região do bairro Amambaí (região central) com outros dois envolvidos. Entre os três, Silva foi o único que reagiu à abordagem policial. Ele estava armado com um revólver calibre 38 e apontou a arma para os militares do Choque.

(Rafael Ribeiro)

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