A onda de protestos que atinge a Colômbia há cerca de uma semana já deixou pelo menos 19 mortos e 800 feridos. Os choques são inéditos na história recente colombiana por sua abrangência e duração. Os protestos começaram após o anúncio de uma proposta de reforma tributária pelo governo em 28 de abril.
O projeto previa aumento de impostos sobre a renda e sobre produtos básicos. Também incluía a cobrança de 19% de IVA sobre serviços públicos, o que seria particularmente prejudicial para as classes média e baixa do país. O presidente Iván Duque defende a necessidade desse incremento como forma de sustentar os programas sociais implementados durante a pandemia de Covid-19.
Diante da violência crescente, o Escritório de Direitos Humanos da ONU denunciou que as forças de segurança “uso excessivo da força” e pediu calma diante da convocação de novas manifestações para esta quarta-feira (5).
No domingo (2), após quatro dias consecutivos de manifestações, o presidente pediu ao Congresso que o Congresso retirasse a reforma tributária da pauta de votações, para que fosse revisada. O ministro colombiano da Fazenda, Alberto Carrasquilla, renunciou na segunda-feira (3). Mesmo assim, os atos continuaram, principalmente em protesto pela violência da polícia.
(Com informações da revista VEJA)