Estátua de Manoel de Barros pode ganhar novo endereço para evitar vandalismo

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A Prefeitura de Campo Grande e o governo do Estado estudam, como alternativa para encerrar de vez os atos de vandalismo, até mesmo mudar de lugar a estátua do poeta Manoel de Barros, que teve um dos pés furtados, na Avenida Afonso Pena, região central.

A ideia foi levantada por representantes da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul durante reunião ocorrida no fim da tarde de terça-feira (27).

Segundo o presidente da Fundação de Cultura, a ideia é a princípio apenas estudada. “Até que se defina a restauração e como o trabalho será feito, não podemos definir isso. Mas é uma ideia”, disse Gustavo de Arruda Castelo ao jornal O Estado.

Não houve nenhum consenso entre as duas pastas, municipal e estadual, já que o plano é esperar pela chegada do artista plástico Ique Woitschach para definir o que precisa ser efeito e quanto custará.

As polícias Militar e Civil de Mato Grosso do Sul continuam a força-tarefa em busca de imagens de câmeras de segurança da Avenida Afonso Pena e de seu entorno para tentar identificar quem foi o vândalo que levou um dos pés da estátua em homenagem ao poeta Manoel de Barros.

Instalada em dezembro de 2017 para homenagear o escritor símbolo do Estado, a peça sempre foi alvo principalmente de moradores de rua, interessados nas peças de bronze para revenda posterior. Mas a astúcia desta vez chamou a atenção, revoltou fãs de literatura e artes e mobilizou as gestões de Marquinhos Trad (PSD) e de Reinaldo Azambuja (PSDB).

Um dos motivos para isso é o fato de que sequer a data do crime é sabida. Pode ter sido na última segunda-feira (19), quando de fato transeuntes notaram a ausência do pé de Barros no monumento.

Por um lado, as pastas referentes à Cultura das duas esferas já se mobilizaram para ver como restaurar a obra, o que deve acontecer até o fim desta semana, pelo menos o lançamento do projeto.

Pelo lado criminal, também há a mobilização. A Polícia Militar divulgou nota em que diz que iniciou o trabalho de verificar as imagens coletadas por câmeras da região e também a patrulha de locais onde geralmente moradores de rua revendem esses materiais em busca de dinheiro. A corporação admitiu que é difícil para suas equipes responsáveis pelo Centro de fazer uma patrulha constante do local da estátua.

A Fundação de Cultura do Estado – que se disse “estarrecida” pelo episódio – fez um boletim de ocorrência no 1º DP (Centro), que vai se integrar à força-tarefa de identificação do furto do pé. Por enquanto, não há novidades.

Já a Secretaria Municipal Especial de Segurança e Defesa Social, por meio de sua assessoria, apontou que recebeu determinação para diligenciar no local onde se encontra o monumento e suas adjacências a partir de agora. Novamente, são citadas as câmeras como o fio de esperança para se conseguir a identificação do vândalo que abalou Campo Grande neste ano.

Com as imagens captadas naquele perímetro, nos últimos 30 dias, será possível verificar se realmente foi um ato de vandalismo ou acidente em razão do desgaste da estrutura da estátua, aponta o texto. A hipótese de desgaste da peça, contudo, é descartada nos bastidores por servidores da Cultura nos dois âmbitos, até pela constante manutenção pela qual a obra passa.

Texto: Rafael Ribeiro

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