Criado com o objetivo de combater doença epidêmica há mais de 100 anos, o Instituto Butantan ainda contribui significativamente com a saúde pública no Brasil.
Com o surto da peste bubônica que se alastrava pelo porto de Santos em 1899, houve a necessidade de criar um laboratório destinado à produção de soro antipestoso. O Instituto Butantan, que era apenas um laboratório do Instituto Bacteriológico localizado na Fazenda Butantan, produziu ainda em 1899 a “vaccina anti-pestosa”, sua primeira vacina e que se mostrou eficiente no combate à peste.
Em 1901 foi reconhecido como instituição autônoma. Chamado inicialmente de Instituto Serumtherápico, o Instituto Butantan teve como primeiro diretor Vital Brazil, médico e um dos cientistas apontados para identificar e conter a disseminação da peste bubônica.
Paralelo ao sucesso no combate à peste, o Butantan teve rápido reconhecimento pois se tornava referência também no desenvolvimento de soros antiofídicos, que tratam picadas de cobra. Hoje, produzidas junto a parcerias com laboratórios externos, o Instituto já desenvolveu vacinas contra Influenza, Hepatite A, Hepatite B, HPV e raiva.
Em parceria recente com NIH (National Institue of Heatlh), o Butantan desenvolveu a vacina da dengue em dose única e, com a farmacêutica chinesa Sinovac, desenvolveu a primeira vacina contra o coronavírus no Brasil: a CoronaVac, ganhando ainda mais notoriedade em 2021.
O Instituto Butantan é responsável pela produção de vacinas, soros e biofármacos, sendo hoje o principal produtor de imunobiológicos do país.
Informações: Catraca Livre