Um projeto que além de estar bem aceito proporciona um alento na vida das pessoas é o CNU (Cantando no Uber) que também é mais um sopro de vida no trabalho dos músicos e compositores de Campo Grande. Colecionando elogios para a iniciativa, o motorista do app e responsável pelo projeto, Lauro Ferrari, já foram 40 episódios com quarenta artistas. Entre eles, Juci Ibanez, Carlos Colman, Karla Coronel, Leca Harper, Jerry Espíndola, Paulo Sergio e Santiago.
“O Uber mais musical do planeta”, como considera Lauro, se sente feliz e realizado por estar contribuindo de alguma forma com os artistas de Mato Grosso do Sul. Alguns já procuram o projeto para participar. Lauro, conta que a ideia surgiu junto com a pandemia. “O isolamento social foi me intrigando e o desejo de tocar aumentando a cada dia. Até que saí de carro com minha esposa e fiz uma brincadeira enquanto ela dirigia, fiz um ao vivo no Facebook e disse para quem entrou para ver, que eu estava cantando no Uber”, lembra.
Para ele, o significado desse projeto atualmente vai muito além de um simples programa de entrevista. “Ele é também um momento de trocas, entre quem está assistindo e o participante. Também é um espaço onde o convidado/artista mostra seu trabalho, divulga sua agenda e projetos, fazendo assim que a máxima do programa seja atendida, que é a valorização do artista local”, explica.
Lauro Ferrari planeja o futuro do Cantando no Uber. Mais que entretenimento e a divulgação do trabalho de grandes artistas do MS, a intenção é remunerar os participantes ampliando o campo de trabalho. “Para isso é necessária a sensibilidade de empresários e também do poder público se tornarem parceiros na divulgação e no financiamento do projeto, a fim de que a Arte chegue aos mais diversos lugares das mais variadas formas”, conclui.
A equipe que colabora com o CNU é composta pela produtora Ana Paula Baglioto, arte divulgação de Gutemberg Izidoro, mídia do Youtube Karlinhus Ag’s e Sônia MNakao – mídia do Instagram.
Artistas
Santhiago lembra como foi participar do projeto. No ano passado ainda com o parceiro em vida, Paulo Sérgio, a dupla se apresentou no CNU. “A repercussão foi enorme na nossa participação. O Lauro é um cara do bem demais. Ele e a esposa muito nossa amiga, ela é a diretora. Ótima iniciativa. Ele é um músico excepcional, canta muito, repertório fantástico na cabeça. Digo que quem não gosta do Lauro bom sujeito não é. Eu Sempre acompanho e espero ser convidado novamente”, pontua.
“Este projeto do nosso amigo Lauro Ferrari é fantástico. Antes de sermos convidados já acompanhava e achava uma ideia muito legal e interessante. É mais que aprovada. Além disso, há a valorização do artista conhecido e quem não é ainda, mas passou a ser depois de se apresentar no Cantando no Uber.”, afirma Santiago.
Para o músico e compositor, Jerry Espíndola, é uma iniciativa válida. “É muito legal o projeto, um passeio musical envolvendo vários artistas, de vários estilos. Boa conversa e boa entrevista, além de rolar um acústico no banco de trás. É um programa de TV dentro de um carro.O Lauro me convidou e me senti muito a vontade, e gostei muito da entrevista”, opinou.
Leca Harper também participou do Cantando No Uber. Ela foi o episódio número 5. “Posso contar que foi um momento ímpar para mim. Estávamos no comecinho da pandemia, aquele medo em ver alguém, encontrar alguém no cara a cara… Daí chegou o Lauro, vindo aqui me buscar para um rolê com muita música e bate-papo, foi demais, lembra.
Foi uma estreia para Leca também. “O CNU foi a minha primeira vez em público tocando e cantando no formato violão e voz, o que deixou a experiência muito mais especial. Assim como o Encontros de Quarentena, o CNU tem o compromisso com o artista local. A gente tá sem se apresentar, sem interagir como de costume com os músicos e o público, mas essa carona aos domingos nos aproxima, ajuda a encarar o momento vivido e traz música, arte e leveza aos que lá se apresentam e aos que assistem”, avalia.