O discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral das Nações Unidas na terça-feira (24), foi destaque em sites e jornais internacionais.
O jornal americano The Washington Post destacou as declarações em que o presidente negou que a Amazônia esteja “sendo consumida pelo fogo”. “O governo Bolsonaro classifica os incêndios como sazonais, mas críticos dizem que a negligência da supervisão ambiental de seu governo é a culpada”, diz a reportagem, que identifica o brasileiro como um “líder da extrema direita” que “prometeu reduzir a burocracia ambiental quando foi eleito”.
Em uma matéria intitulada “Bolsonaro defende o direito de desenvolver a Amazônia”, o The Wall Street Journal classificou o pronunciamento desta terça como um “discurso desafiador”. Segundo o jornal econômico, o presidente brasileiro acusou “líderes internacionais e a imprensa de espalhar mentiras e tratar povos indígenas como se fossem homens das cavernas”.
Já o site da emissora britânica BBC destacou a defesa da soberania brasileira apresentada por Bolsonaro. “Suas políticas de desenvolvimento na floresta tropical foram criticadas em meio aos incêndios florestais. Mas em um discurso nas Nações Unidas em Nova York, ele apresentou observações desafiadoras”, diz a reportagem.
O Le Figaro destacou as acusações de Bolsonaro contra nações estrangeiras que adotaram uma postura “colonialista” em relação ao Brasil. O Le Figaro ressalta, contudo, que o desmatamento da floresta “quase dobrou desde a chegada ao poder de Jair Bolsonaro em janeiro, a um ritmo de 110 campos de futebol por hora”.
O jornal argentino Clarín afirmou que o presidente brasileiro “levou à tribuna da Assembleia-Geral da ONU suas batalhas contra o comunismo, a ideologia de gênero, o ‘ambientalismo radical’ e o ‘indigenismo superado’”. (João Fernandes com VEJA)