Pelo menos 30% do bioma do Pantanal foi totalmente queimado no ano passado. E o tempo seco pode fazer com que o pesadelo das chamas volte. O Pantanal registrou 301 focos de calor somente nos primeiros 15 dias de fevereiro, de acordo com o IHP (Instituto Homem Pantaneiro).
No Pantanal sul- -mato-grossense foram registrados 161 focos de calor, o que representa 53% do total. No Pantanal de Mato Grosso, estado vizinho, foram detectados 140 pontos de calor. Os números de 2021 são menores que os registrados em 2020. No ano passado, no mesmo período, foram registrados 727 focos de calor, 424 em MT e 303 em MS. Se comparados os números dos dois anos, houve uma queda de 58% nos pontos de calor em 2021.
O número é menor, porém a preocupação com o bioma persiste. Os focos de calor são pontos que podem se tornar um foco de fogo ou até mesmo um grande incêndio. De acordo com o IHP, foram detectados pontos de calor em quatro municípios do Estado: Aquidauana, Corumbá, Porto Murtinho e Rio Verde de Mato Grosso do Sul.
Os especialistas do IHP explicam que os focos de calor não são o incêndio propriamente dito, mas indicam a possibilidade de fogo, já que satélites que fazem o levantamento detectam temperaturas acima de 47°C.
De acordo com o IHP, monitorar esses focos de calor demonstra uma atitude de prevenção. Com as pesquisas, eles conseguem estimar as possíveis áreas de atenção e direcionar o combate ao fogo de forma mais rápida e eficiente.
“Monitoramos a ocorrência de focos de calor (indicativos de queimadas) dentro das áreas da Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar e áreas do entorno. Por meio desse monitoramento, é possível estimar áreas de atenção e direcionar as equipes de campo (brigadas)”.
Texto: Rafael Ribeiro