“Ninguém fazia nada para reduzir os preços dos combustíveis”, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro defendeu na manhã desta segunda-feira (22), em conversa com apoiadores, que a Petrobras tenha maior previsibilidade quanto aos reajustes de combustíveis. Pediu maior transparência quanto aos motivos que levaram os recentes aumentos nos preços cobrados pela petrolífera.
Bolsonaro disse que não entende o aumento de 15% anunciado pela companhia no preço do diesel, na semana passada. “Não foi essa a variação do dólar aqui dentro e do barril lá fora”, declarou ele na portaria do Palácio da Alvorada. “O petróleo é nosso ou de um pequeno grupo no Brasil?”, questionou.
Segundo o presidente, ninguém no governo fazia nada para reduzir os preços dos combustíveis. “Tenho que descobrir sozinho”, reclamou.
O presidente Jair Bolsonaro tambeḿ disse que o comandante da Petrobras, Roberto Castello Branco, tem trabalhado no regime de home office desde março de 2020, o que, para ele, é “inadmissível”.
“O atual presidente da Petrobras está há 11 meses em casa, sem trabalhar, né? Trabalha de forma remota. O chefe tem que estar na frente, bem como seus diretores. Isso [home office] para mim é inadmissível. Descobri isso há poucas semanas. Imagina eu, presidente, em casa com medo do covid, ficando aqui o tempo todo aqui no Alvorada. Não justifica isso”, declarou.
O presidente disse ainda que a produtividade da estatal não o agradou. “Inclusive o ritmo de trabalho de muitos servidores lá está diferenciado. Ninguém quer perseguir servidor, muito ao contrário, temos que valorizar… Agora, o petróleo é nosso ou é de um pequeno grupo do Brasil?”, questionou.
Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna para o comando da estatal. O presidente criticou ainda a política salarial da Petrobras. Disse aos apoiadores que a chefia da estatal ganha mais de R$ 50 mil por semana e trabalha de casa, por causa do isolamento social, há 11 meses.
(Com informações: Poder 360)