A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil) acompanhará o caso da paciente do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) que denunciou o estupro que teria sofrido dentro da unidade. De acordo com o presidente da entidade, Mansour Elias Karmouche, a vítima e a mãe procuraram a OAB para formalizar o pedido de ajuda.
A entidade vai acompanhar os desdobramentos do caso por meio da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos. Presidente da Comissão, Chrístopher Pinho Ferro Scapinelli explicou que a entidade formalizou ontem (15) o ofício junto a SES (Secretaria de Estado de Saúde), direção do Hospital Regional, Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) e Ministério Público Estadual, solicitando a instauração de procedimentos para apuração dos fatos.
“São fatos graves, dentro de uma situação totalmente sensível, pois as vítimas de COVID não têm acesso ao mundo externo, à visita de familiares e ficam totalmente dependentes dos profissionais que estão ali cuidando 24h dessa enfermidade”, reiterou Scapinelli.
Se os fatos forem dados como verdadeiros, de acordo com Scapinelli, há necessidade imprescindível da responsabilização do acusado. “Ele estava dentro de um órgão público e agindo em nome do tal como servidor público”, disse.
A denúncia de violência sexual veio à tona no último dia 4 de fevereiro pela mãe da paciente. A vítima, uma mulher de 36 anos, estava internada no HRMS, em Campo Grande, desde o dia 1º de fevereiro. A paciente tinha COVID-19.