Outro projeto financiado com recursos da lei federal Aldir Blanc, Dança Comunidade 2021, é fruto de parceira entre a Central Única das Favelas de Mato Grosso do Sul (CUFA-MS) e a Cia. Dançurbana, que traz o movimento da mente e do corpo às comunidades sul-matogrossenses. Inicialmente estarão em quatro locais. Neste sábado (13), apresentam o espetáculo “RUIA” (Realidade Ultrassônica de Invasão Aleatória) na Aldeia Inamaty Kaxé, e novamente no domingo (14), mas na Comunidade Só Por Deus.
Ambos às 15 horas. Nos dias 20 e 21 (próximo fim de semana), é a vez do espetáculo “A Pele de Dentro”, respectivamente na Associação Haitiana Brasileira Ashabra e na Associação dos Descendentes da Tia Eva. A Cia. recriou em formato digital estas duas peças do repertório exclusivo, com o objetivo de atender os públicos feminino e infantojuvenil.
Os encontros vão oferecer oficina de dança, mediação artística e exibição do espetáculo seguindo os protocolos de biossegurança no combate à COVID-19. A Dançurbana considera que por meio da dança se cria a oportunidade de trabalhar com os moradores temas essenciais no desenvolvimento humano. É a importância do brincar para as crianças e do empoderamento das mulheres. Conforme o responsável pelo grupo, Marcos Mattos, o “Marquinho”, ao todo as peças possuem nove dançarinos, porém, em razão do respeito aos protocolos de biossegurança, serão seis pessoas que participarão. Além disso, não existe um tema detalhado, mas sim um objetivo. “Não há temática, mas o foco é criar relações com este público e a aproximação das comunidades. A intenção é que seja contínuo e que possamos realizá-los em outros momentos”, revela.
Formando parcerias
Equivoca-se quem pensa que não há conhecimento e aprendizagens nas comunidades e o responsável pelo Dançurbana reforça este fato. “As comunidades já têm cultura, seus modos, costumes e manejos de funcionamento e convívio! Levar cultura é um termos equivocado! Estamos criando parcerias para possibilitar acesso a linguagem da dança e do audiovisual, muito por conta do momento em que estamos vivendo!”, atenua Marcos Mattos.
Pluralidade de público
Neste primeiro fim de semana, a apresentação do “RUIA” é especificamente para o universo infantil, integrando linguagens do brincar e da dança com o objetivo de tocar as mentes e os corações das crianças em idade escolar. Trata-se de uma “invasão” ao recreio das crianças levando um ecossistema habitado por criaturas mimológicas com brincadeiras e jogos da infância com estímulos e objetos ressignificados e reinventados. Aliás, mimológico, de acordo com o dicionário, é imitação da voz ou do modo de falar de alguém utilizando linguagem mímica, também chamado de onomatopeia.
(Confira mais na página C1 da versão digital do Jornal O Estado)
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