Depois de meses de obras, consumidores e empresários desejam novos avanços para a Rua 14 de Julho; foi o que revelou uma pesquisa realizadas pelo IPF-Ms (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS). Após a entrega das obras, o estudo mostrou que 93% da população e dos comerciantes avaliaram os trabalhos de forma positiva e chegaram a definir a rua como inovadora, ampla e moderna. Contudo, o desafio para os próximos meses será o de garantir aos consumidores eventos culturais, segurança e novas experiências, ao passo que, para os comerciantes, o desafio está nos estacionamentos e no atendimento.
Em parceria com a Prefeitura Municipal de Campo Grande, a partir de uma demanda do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), durante o segundo semestre de 2020, o levantamento abordou 350 empresários e 357 consumidores. Para Daniela Dias, economista do IPF-MS, o cenário apresentado pelos entrevistados confirma uma percepção positiva que pode ajudar nas estratégias de mercado dos próximos meses.
“Importante destacar que 93% da população e 93% dos comerciantes de Campo Grande-MS avaliaram positivamente as mudanças. Também chamou a atenção os conceitos que os entrevistados atribuíram à Rua 14 de Julho: moderna, inovadora, ampla, espaçosa. Termos esses considerados positivos, que agregam valor à região e criam uma percepção otimista, ao mesmo tempo que contribuem para o desenvolvimento de estratégias, busca pelo entendimento do comportamento da população e captação de tendências”, destaca a economista Daniela Dias.
O estudo informou, ainda, que, quando se analisam as oportunidades de mercado, para os consumidores de 56 a 65 anos, a maior atratividade é a gastronomia (40%) e eventos culturais (47%). Já para aqueles com mais de 65 anos, a segurança (64). Além disso, os eventos culturais foram os prediletos para aqueles entre 26 e 45 anos, seguidos pela segurança (+45%). Para os mais jovens, de 18 a 25 anos, os preços precisam ser atrativos (48%). A preferência pela maioria, independentemente da idade, será pela compra na região central, seguida pelos shoppings, principalmente para os que possuem entre 56 e 65 anos.
Quando se analisa por classe social, as classes B e E tendem a apostar no local pela gastronomia, já as classes A e D buscarão um espaço para conversar e a classe A tende a ter uma procura maior por estacionamento, acompanhada pela classe D, que destaca que o local se diferencia pelos melhores preços na hora da compra.
Por sua vez, a coordenadora do Reviva, Catiana Sabadin, relembrou que um dos dados levantados mostrou o que a população de Campo Grande-MS espera como atratividade para o lugar e, neste quesito, as respostas apresentaram divergências. Enquanto empresários pediram por “estacionamento” (50%), “eventos culturais” (38%) e “atendimento” (33%), os consumidores sugeriram “eventos culturais” (42%), “segurança” (40%) e “curiosidades” (38%).
(Texto: Michelly Perez)