Mato Grosso do Sul protocolou ontem (28) a compra de 1,7 milhão de doses da CoronaVac, vacina contra a COVID-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan, órgão atrelado ao governo do estado de São Paulo, e a farmacêutica chinesa Sinovac.
A informação foi dada pelo secretário de Estado da Saúde, Geraldo Resende, e confirmada ao O Estado pelo Butantan por meio de sua assessoria de imprensa. O número é mais que o dobro do que as 700 mil doses que a gestão Reinaldo Azambuja pediu inicialmente.
O protocolo assinado por MS será o suficiente para imunizar em um primeiro momento 850 mil pessoas, já que são necessárias duas doses da vacina. Ou seja, 30% da população. Por nota, o Butantan confirmou o acerto pelo protocolo, mas não mencionou valores a serem pagos pela gestão Azambuja nem prazos para a entrega da vacina.
Mas Resende tem data planejada. E quer iniciar a vacinação no começo de fevereiro. Segundo o secretário, essa compra inicial feita a São Paulo serve como forma de garantir a imunização da população de risco.
“É um plano B, caso o governo federal não disponibilize as doses até final de janeiro, como prometido. Esperamos que o Ministério da Saúde responda nossos questionamentos e possa fazer valer o que nos prometeu, de liberar a vacina até final de janeiro. Acredito que a vacinação começa dia 1º de fevereiro“, disse Resende em transmissão ao vivo pelas redes sociais ontem.
Mesmo com a vacina, Resende deixa claro que nos primeiros meses de 2021 as pessoas deverão continuar com os cuidados e restrições. “Precisamos imunizar 80% da população para ficar mais tranquilos quanto ao vírus”, disse.
Guerra pelo isolamento social
O titular da SES (Secretario de Estado de Saúde), Geraldo Resende, aproveitou a transmissão virtual para dizer que deve procurar o Ministério Público Estadual para nova ajuda com as medidas restritivas para frear o avanço do coronavírus, já que o toque de recolher parece não ter surtido efeito para controlar a curva ascendente de casos.
“Vamos recorrer ao Ministério Público para nos ajudar, junto aos municípios, para que eles possam tomar as medidas restritivas e as medidas que apontam o programa Prosseguir”, destacou.
No boletim divulgado ontem, 223 novos casos foram confirmados, além de 16 mortes registrados em 24 horas.
(Texto: Rafael Ribeiro)