Mesmo com a injeção de mais de R$ 2 bilhões neste fim de ano na economia estadual com salários e pagamento de 13º, Mato Grosso do Sul deverá ter movimentação financeira de R$ 691,74 milhões, 28% a menos que no mesmo período do ano passado, 2019. Pelo menos é o que mostra o estudo do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio- -MS (IPF-MS) e do Sebrae-MS.
A previsão é de que no Natal os gastos sejam de R$ 431,8 milhões, montante 29% menor que em 2019 e para o Ano- -Novo a queda é de 28% com injeção de R$ 259,9 milhões. Os número refletem os efeitos da pandemia, que derrubaram a renda de parte da população além de ampliar a cautela com as compras por parte do consumidor. O gasto médio apurado será de R$ 913,52, o que corresponde a 17% a menos que no ano passado.
Dos entrevistados, 35% alegaram que tiveram a renda achatada, sendo que 3% tiveram contratos suspensos e 4% simplesmente deixaram de ter renda. A pesquisa indica que, ainda assim, desta vez os gastos com comemorações serão maiores que com presentes e o 13º , mais uma vez, vai exercer forte contribuição, uma vez que 44% da população ainda têm recursos do benefício natalino para entrar na conta. “Esse é um dado muito importante uma vez que 11% ainda não sabem o que devem fazer com o 13º salário e 30% informam que utilização nas comemorações de Natal”, diz a economista do IPF-MS, Daniela Dias.
Valores
Dos R$ 431,83 milhões previstos em movimentação econômica, R$ 155,95 milhões vão para presentes e R$ 275,87 milhões para comemorações. Um dado importante é que a Black Friday pode ter antecipado R$ 100 milhões em compras natalinas. Roupas, calçados e acessórios devem ser as principais escolhas para presentes, mas 10% ainda não se decidiram. O preço será o critério de compras para 34%, seguido dos melhores benefícios para pagamento à vista, citados por 29% dos consumidores. “O atendimento é outro fator importante, uma vez que 29% o citam como critério para tomada de decisão.”
As compras presenciais, em lojas físicas, são citadas como preferência de 71% e os sites, a escolha de 25%. Quanto às comemorações, ficarão restritas à família, para 28% dos entrevistados, 49% incluem também os amigos próximos e 21% dizem que nada deve mudar em relação aos anos anteriores, mesmo com a pandemia.
(Texto: Rosana Siqueira)
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