Jogos do Estadual podem ter até sete casos de Covid-19 em cada time

No Brasileirão, jogo é adiado se número de atletas saudáveis for menor que treze

Os surtos de COVID-19 país afora, tanto no futebol como em outros esportes – voleibol por exemplo – parecem não assustar os organizadores do Sul-Mato-Grossense de Futebol. Paralisado desde 18 março, o Estadual retorna no próximo sábado (28), com o clássico entre Comercial e Operário, no Morenão.

De acordo com os dados oficiais, Campo Grande registra pelo menos 730 mortes em decorrência do novo coronavírus. Nesta semana, há indícios de que os casos voltem a subir. Já são 40 mil casos confirmados.

Dentro de campo, depois de reunião com os clubes, e liberação do poder público para o retorno dos jogos nos estádios de Mato Grosso do Sul, os jogadores de Operário e Comercial retornaram no começo deste mês aos treinos. Questionados se os clubes tem condições de mandar um time a campo caso seus elencos sejam atingidos por surto de COVID, como ocorridos no Flamengo e Palmeiras, que tiveram cada um mais de dez atletas infectados, os presidentes da dupla Comerário reconhecem que a situação é atípica.

Se na Série A, o mínimo de jogadores saudáveis para que uma partida aconteça é de 13 para cada lado. No Sul-Mato-Grossense, em que os clubes possuem estrutura (?) notadamente menor, foi definido que o jogo será adiado somente se o clube ter menos de sete atletas em condições. Este número foi endossado pela comissão de arbitragem local, já que pelo regulamento geral, sete é o mínimo de jogadores para que um time permaneça em campo.

Com 19 jogadores inscritos nesta retomada, o elenco operariano divide seus treinos entre os campos do Estrela do Sul e o do Tênis Clube. “Andamos para trás”, admite o presidente do Operário, Estevão Petrallas. “Os clubes não tem estrutura como os grandes, os jogadores não tem carro, não tem material individual”, argumenta.

Para o dirigente alvinegro, a decisão de poder inscrever apenas mais sete atletas nesta retomada de campeonato – que está nas quartas de final – dificultou ainda mais a situação. Petrallas defendia o limite de dez contratações. Foram precisos três reuniões para chegar a um consenso. O principal clube discordante foi o de Chapadão, que era contra novas contratações.

”Nunca vi um negócio desse, será um campeonato atípico, terminar em uma condição que não é a ideal. Em uma situação de que o mundo sofre com desemprego, tirar a liberdade para contratar jogadores”, argumenta o presidente do Galo. Antes da pandemia, o Operário tinha 22 jogadores e nove deixaram o clube. “Se ocorrer (o surto de COVID), teríamos mais recursos”, pontua. Confira a reportagem completa e outras notícias.

(Texto: Luciano Shakihama)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *