Dia Nacional do Designer Gráfico: atuação vai além da criação de marcas e peças visuais

Conheça a versatilidade desta profissão

Os designers estão sempre tendo que lidar com incontáveis memes na internet e na vida real. Alguns até brincam com a famosa frase “meu sobrinho faz isso de graça”. Com o advento tecnológico e as facilidades dos aplicativos de criação, ficou ainda mais fácil apostar nesta profissão, mesmo sem formação. É o caso do autodidata Amós Silva, que encontrou no Design Gráfico a oportunidade para driblar o desemprego.

“Tudo começou como uma brincadeira, sempre gostei de editar fotos, trabalhar com a manipulação de imagens nos programas de edição. Até que vi que isso poderia me trazer algum retorno financeiro, então resolvi investir em cursos na área e hoje consigo tirar uma renda com isso”, revela o estudante de Engenharia Elétrica resolveu investir em cursos na área para criar o instagram @plurartsz, onde expõe as suas criações com o intuito de atrair clientes.

Engana-se quem acha que o trabalho do designer se resume apenas a criações e tratamento de imagens. Bom senso estético e criatividade não são suficientes para assegurar sucesso na carreira. O processo criativo do profissional começa com uma conversa com o cliente – o famoso briefing – envolve planejamento e boa dose de

conhecimento de mercado, além do uso de programas que se atualizam constantemente. A sensibilidade é também imprescindível para os detalhes finais das campanhas. Da paleta de cores à mídia que veiculará a arte desenvolvida, cada escolha exige estudo e muito critério.

O designer Ricardo Kyukawa enfrentou diversos obstáculos ao longo da profissão, atuando no mercado há 15 anos, mas não desistiu. “No começo, sempre havia aquela brincadeira de ‘o sobrinho do chefe faz’ ou ‘é só uma marquinha, não demora tanto’ e isso mostrava o quanto que o profissional era desvalorizado. Hoje, as empresas enxergam o papel e a importância do profissional no mercado de trabalho e isso me enche de orgulho”, diz.

Atualmente, o papel do designer é ainda mais amplo. É ele quem lida também com a parte funcional dos produtos e do relacionamento com o cliente. Um exemplo disso é a atuação do profissional na criação de interfaces de aplicativos que têm o olhar voltado para as experiências do usuário com os aplicativos, sistemas ou sites.

“Durante toda a minha carreira, nunca vi essa expansão que está acontecendo agora, ganhando novas frentes e novas formas de trabalho. Hoje, a grande maioria que atua nessa área de UX (User Experience) / UI (User Interface) são designers e isso foi uma transformação que a área teve e que está bem em alta porque é um conhecimento super relevante para as empresas. Nosso papel é estar atentos às novas tendências pensando sempre na funcionalidade. Não basta somente deixar as coisas bonitinhas”, aponta o profissional.

(Texto: Agência Educa Mais Brasil)

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