Queijo, que é matéria-prima básica do alimento, puxou aumento de custos
Na alimentação, a chipa de tradição paraguaia ganhou o coração e o estômago dos sul-mato-grossenses. Seja pela manhã, na companhia de um café quentinho, ou até mesmo no lanche da tarde, o alimento é o queridinho daqueles que querem gastar pouco e comer bem. Contudo, nem mesmo a chipa saiu ilesa dos reajustes provocados pela alta dos preços dos insumos, com a seca severa que atingiu Mato Grosso do Sul. A estiagem trouxe queda de 26% na produção de leite. Para empresários, isso refletiu em custos até 45% mais altos, e segurar o preço de R$ 1 já não é uma possibilidade para muitos.
Após a inauguração no dia 15 de abril, a Capital Chipas, da Rua Rui Barbosa, que oferece o item a R$ 1, precisou enfrentar a alta de preços nos insumos básicos para a fabricação de chipas. De acordo com Camila Portela, os custos ainda não impactaram no preço final ao consumidor. Mesmo assim, a saída tem sido apostar na venda de acompanhamentos, como os sucos e refrigerantes, para minimizar os impactos econômicos.
“A seca deste ano foi mais severa e isso já influenciou nos preços pagos nos produtos derivados do leite. No frio além de ter preços mais em conta para o insumos, temos também um consumo maior de chipas. Mesmo assim, estamos segurando os preços e apostando na venda de bebidas, como sucos e refrigerantes para ajudar nos ganhos”, pontuou ela, que afirmou que a empresa não descarta possíveis reajustes caso a tendência de custos continue em alta.
Quando se trata da venda de chipas na região da Avenida Julio de Castilho, a Chiparia Vô Beto é a escolhida por aqueles que querem levar para casa ou consumir no local produtos com boa qualidade. E foi justamente para manter essa característica em seus produtos que Rose Diacópulos, proprietária do estabelecimento, decidiu alterar o preço para R$ 1,50 a partir do próximo mês.
(Texto: Michelly Perez)
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