Primeiros vacinados contra COVID de MS não tiveram reações e esperam imunização total da população

O dia 18 de janeiro de 2020 ficou marcado na história de Mato Grosso do Sul pelo início da vacinação contra a COVID19. As primeiras pessoas que receberam o imunizante, durante uma solenidade simbólica no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), foram uma idosa, abrigada no Asilo São João Bosco, em Campo Grande, a indígena mais velha da Aldeia Tereré, de Sidrolândia, um médico e uma auxiliar de enfermagem. Mais de um mês após receberam a vacina, os escolhidos para a abertura da campanha no Estado afirmam que estão bem e, principalmente, aliviados.

Domingas da Silva, de 92 anos, da etnia terena, foi a representante de todos os indígenas no dia da abertura da vacinação. Sob os olhos das autoridades, como o governador Reinaldo Azambuja, e flashes de fotógrafos da imprensa, ela tomou a primeira dose da CoronaVac. O reforço foi feito no começo de fevereiro e ela só sente alívio por estar bem e protegida. “Graças a Deus, eu não senti nada mesmo. Estou bem feliz e peço a Deus que todo mundo seja imunizado”, disse para o jornal O Estado.

A anciã indígena acredita que o fato de ter tomado a vacina e não ter tido nenhuma reação pode ser um incentivo para os índios aceitarem a imunização, já que muitos se recusam a receber o imunizante. “Tem que tomar, não doí nada. Eu não senti nada e é bom para saúde.”

Domingas reforça que, mesmo imunizada, não deixa de se cuidar e, quando sai de casa, sempre está de máscara. A filha dela, a indígena Maria Margarida Custódio da Silva, de 55 anos, ficava muito preocupada já que precisava trabalhar mesmo em meio à pandemia. Agora que ela e a mãe estão vacinadas, a tranquilidade é muito maior. “Fico aliviada porque a gente tem que trabalhar e sair tranquilo”, comentou.

Rever a família

Maria Bezerra de Carvalho, de 82 anos, representou o público que vive no Asilo São João Bosco, em Campo Grande, no evento do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). Agora que já tomou as duas doses, ela espera que a imunização seja total para que possa rever quem mais gosta, já que as visitas estão suspensas no asilo. “Eu quero que todo mundo se vacine, que se sinta seguro e que os amigos e parentes possam vir visitar a gente. Sinto muita falta deles”, desabafou. 

“Agora me sinto segura, porque as condições no Brasil e no mundo são graves, então acho muito importante [a vacinação]”, ressaltou. A idosa ficou atenta aos sinais de possíveis reações adversas da vacina, mas afirma que “não sentiu nada”.

(Confira mais na página A7 da versão digital do jornal O Estado)

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