O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou na quinta-feira (25) a contratação, até 30 de junho deste ano, com recursos obrigatórios, de Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP) para beneficiamento ou industrialização de leite. A medida atendeu pedido do Ministério da Agricultura. O limite de crédito é de até R$ 65 milhões, com taxa de juros de 6% ao ano e prazo de reembolso de até 240 dias.
Também foi ampliado de um ano para dois anos o prazo de reembolso para contratação de crédito de custeio pecuário para retenção de matrizes bovinas de leite.
Segundo o CMN, as medidas foram adotadas para evitar a descapitalização desse segmento e garantir o abastecimento do mercado. O aumento dos preços dos insumos para ração das vacas leiteiras, como milho e farelo de soja, levou à queda na relação de troca entre esses insumos e o leite. Para 2021, não há expectativa de recuo no preço dos insumos e do custo da alimentação desses animais. Assim, dependendo do comportamento do preço do leite, a rentabilidade do setor pode ser prejudicada, o que pode induzir ao descarte precoce de matrizes leiteiras e, consequentemente, reduzir a oferta interna de leite.
Agricultura familiar
Outras duas medidas aprovadas na reunião do CMN, também a pedido do Ministério da Agricultura, vão ao encontro dos interesses dos agricultores familiares. A primeira autoriza o financiamento de operações de investimento, na fonte Recursos Obrigatórios, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o que pode resultar em até R$ 1,5 bilhão para em recursos novos para essa finalidade.
A segunda medida amplia o prazo de crédito de curto prazo às agroindústrias familiares de um para dois anos, também em operações ao abalado do Pronaf. Ambas as medidas também têm prazo de contratação até 30 de junho de 2020.
(Texto: Da redação)
Veja também: Dois animais foram infectados por COVID em Campo Grande