Muito mistério e reviravoltas cercam o caso Elisa Lam

Um caso de muita repercussão na internet foi a morte da estudante Elisa Lam, a jovem canadense estava em busca de novos horizontes e decidiu viajar para Estados Unidos. Até que em uma pausa na viagem em Los Angeles começou apresentar comportamento estranho e desapareceu. A internet rapidamente começou uma investigação paralela à da polícia para desvendar esse desaparecimento e as causas bizarras que o cercavam. 

Elisa foi encontrada em uma caixa d’água no mesmo hotel em que esteve hospedada dias depois. O famoso hotel Cecil tinha todo um histórico com violência até mesmo hospedando serial killers com Jack Unterweger que enforcava mulheres com suas partes íntimas. Além de uma infinidade de suicídios e assassinatos que contribuem para má fama do lugar. Nos EUA há leis que dizem que hotéis no centro das cidades devem ter uma contrapartida social e abrigar pessoas sem condições de moradia.

No Cécil não era diferente lá moravam pessoas a partir do sexto andar e os inferiores eram exclusivos para hóspedes pagantes. Com a violência crescente e com um grande número de usuários de drogas nas ruas ao entorno do hotel ele foi ficando cada vez mais perigoso também, houve relatos que, em dez anos, mais de 80 pessoas morreram em suas suítes. Com as notícias se espalhando e o hotel ficando sem saída, a gerente de hotel Amy Price decidiu criar o Stay on Main Hotel que é uma espécie de hostel que tinha o intuito de chamar públicos mais jovens e pessoas que estivessem em trânsito pela cidade. 

Com 21 anos Elisa começou a sentir que estava ficando para trás e com o diagnóstico de depressão e transtorno bipolar, e ela decidiu que precisava alçar novos voos e sair do ninho. Foi então que foi viajar pelos Estados Unidos e desbravar o máximo que pudesse, até como uma forma de provar para si mesma que era uma pessoa normal. Ela fez check in no Stay On Main e ficou algumas noites num quarto com duas outras pessoas que logo relataram a gerência comportamento estranho de Elisa, que colocou bilhetes em suas camas e pediu senhas para abrir a porta.

De imediato ela foi colocada em um quarto privativo para evitar qualquer problema até o fim de sua estadia. Elisa foi também participou de uma plateia de um programa de TV do qual foi expulsa por demonstrar comportamento que pudesse atrapalhar o andamento das gravações. Foi vista em uma livraria e pediu para que dois homens levassem o peso excedente até o hotel. 

A parte mais estranha da história é que, em gravações, Elisa é vista com comportamento bizarro em câmeras de segurança, primeiro ela chama o elevador para o décimo quarto andar e logo entra, começa apertar todos os botões incluindo o que deixa as portas abertas por mais tempo. Antes de sair do elevador ela olha para os dois lados como se estivesse fugindo de alguém, quando de repente ela se esconde atrás do painel. 

Já vimos a moça do lado de fora mais uma vez andando de forma estranha e curvando seus dedos como se estivessem rígidos. Que se assemelham muito a tais cenas do filme “Return to Babylon – 2013”, onde os dedos ficam grandes de um frame para outro, interessante é que mesmo passando por diversos estudos não houve como explicar as modificações alongadas de membros. 

Voltando a Elisa, ela curva as costas como se estivesse vendo algo muito ruim e depois de uns minutos some do quadro. Logo em seguida a porta do elevador se fecha e vai para o próximo andar. Depois disso ela não foi mais vista com vida. A polícia resolveu divulgar essas imagens do elevador para buscar informações, mas o conteúdo viralizou de tal forma que trouxe os tais detetives da Web, que junto com a polícia buscavam encontrar Elisa com vida. 

Quatorze dias depois, com uma água turva e pouca pressão nos canos, o zelador do hotel descobriu o corpo nu de Elisa em uma caixa d’água. Com essa descoberta só cresceram as teorias sobre o ocorrido, mas a que mais fez sentido ao longo da investigação foi que Elisa se afogou acidentalmente. Isso ocorreu porque ela deixou de tomar os remédios para sua bipolaridade e começou a ter alucinações que a levaram a ir para terraço se “esconder” de alguém. Essa história tem muitas reviravoltas e a Netflix resolveu produzir uma série em três episódios colocando as versões dos responsáveis pelo hotel, investigação e tais os detetives da web. Como toda série baseada em fatos, essa também apela para o sensacionalismo, porém não tem como ignorar a realidade que vai sendo apresentada durante os episódios. Essa série cai bem como um suspense para o fim de semana.

(Filipe Gonçalves)

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