“Tão grave quanto a falta de vacina é a falta de comida na mesa de milhões de brasileiros”
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que o Congresso está de portas abertas para ajudar a agilizar a vacinação em massa e a encontrar soluções para garantir a prorrogação do auxílio emergencial. “Tão grave quanto a falta de vacina é a falta de comida na mesa de milhões de brasileiros”, disse ao afirmar que as duas pautas são urgentes.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan, na manhã desta quarta-feira (10), ela reforçou que o esforço entre Congresso e Executivo é conjunto e não se trata de ser da situação ou da oposição.
Para Simone, houve falta de planejamento do Ministério da Saúde e os parlamentares devem acompanhar de perto a ação do governo federal. Ela lamentou o crescimento diário do número de mortes e manifestou expectativa em relação a audiência virtual com o Ministro Eduardo Pazuello, marcada para amanhã, no Senado.
Os senadores devem cobrar de forma clara e dura a atuação de Pazuello. “Afinal, vocês tinham o diagnóstico, tinham tempo para planejar, mas não agiram ou agiram de foram equivocada. Afinal cadê os insumos? Não fizemos a contratação, não nos preparamos antecipadamente como está acontecendo em boa parte do mundo. Agora é hora de o Congresso Nacional fiscalizar de forma atuante a ação do Ministério da Saúde e colaborar nesse processo porque nós temos seis meses ainda de muito trabalho em relação a essa vacina”, disse em entrevista à Rádio CBN.
O Congresso criou comissão de acompanhamento das ações relacionadas ao combate à Covid-19 e já tem 30 assinaturas para a instalação de uma CPI para investigar a responsabilidade do governo federal sobre a crise sanitária e econômica.
“A CPI cumpre o papel de olhar o para trás, o que aconteceu. A nossa ideia era que uma ampla frente pudesse olhar o hoje. O Brasil tem pressa na vacinação porque na realidade da pandemia está afetando a economia, fazendo as pessoas empobrecerem. Temos 27% da população brasileira em estado de necessidade. A pressa na vacina é porque com ela, nós podemos voltar a respirar aliviados e inserir essas pessoas na economia que está estagnada”, disse.
Ritmo de vacinação
À Rádio Jovem Pan, Simone lembrou da experiência, estrutura e capilaridade do Brasil na vacinação em massa. “Uns falam em 1 milhão e outros em 2 milhões de aplicação das vacinas por dia (hoje são vacinados cerca de 300 mil/dia). Se temos estrutura, faltou gestão do Ministério da Saúde para que pudéssemos ter contratado insumos. Daqui 15 dias não teremos mais vacinas nos postos. Não dá para tapar o sol com a peneira. Aqui não cabe falar em oposição e situação. O que precisa ser feito para colocar vacina no braço dos brasileiros? A frente no Congresso não é pra fazer oposição. É pra buscar soluções. Estamos de portas abertas”, finalizou.
(Com informações da assessoria)