Há luz na luta contra a COVID-19

Conheça a história de pessoas que venceram o coronavírus e que hoje celebram o renascimento

Mais de 145 mil sul-mato-grossenses respiram aliviados e comemoram o renascimento após ter passado por dias difíceis vividos pela COVID-19. Na lista dos vencedores, está Juliano e Eliton, pais de família que saíram do hospital pela porta da frente e voltaram para casa com o coração cheio de gratidão.

O empresário Juliano da Silva Batista, 35 anos, conta que em outubro de 2020 descobriu que estava com o vírus após fazer um check-up. O exame de sangue e o raio X do tórax mostraram que ele já estava com o vírus e com o pulmão 80% comprometido.

”Quando eu descobri a médica já mandou eu ficar em casa de quarentena. No dia seguinte meu pulmão já estava 90% comprometido, foi muito rápido! Essa doença é séria, quase morri”, relembra.

Juliano ficou 27 dias internado em estado grave e respirando 100% com a ajuda de aparelhos. Segundo ele, o medo bateu quando descobriu que sua situação era crítica. ”Fiquei desesperado, senti muito medo de não acordar mais”, afirma.

Casado há 17 anos e pai de dois filhos, um menino de 19 anos e uma menina de 8, Juliano venceu a doença que tirou a vida de tantas pessoas e hoje celebra a vida ao lado da sua família.

”Foi como se eu tivesse nascido novamente, aprendendo a andar, respirar e ter coordenação. Sou um vencedor, gratidão a Deus por me dar essa chance de viver novamente. Eu aprendi que a vida é muito curta e nós devemos aproveitar ao máximo as pessoas e dar valor, porque não sabemos o dia de amanhã”, finaliza.

Restabelecido da infecção

”Senti muito medo de morrer ainda mais ouvindo histórias dentro do hospital e vendo pessoas morrendo do meu lado”; este é o relato do técnico de enfermagem e motorista de aplicativo Eliton Norberto Viana da Silva, 39 anos, que ficou 19 dias internado com 85% do pulmão prejudicado após ser contaminado pela doença.

Em agosto, Eliton descobriu que estava com a doença e foi na mesma época em que estava com dengue. No começo os sintomas foram febre, dor de cabeça, nas costas, falta de ar, tosse e cansaço.

”Quando se pega dengue tem de fazer exames de sangue todos os dias para acompanhar as plaquetas, aí minha imunidade ficou baixa, eram muitas idas e vindas dos hospitais e posto de saúde e foi aí que peguei coronavírus”, relembra.

Diabético, Eliton perdeu 25 quilos durante o tratamento e precisou contar com a ajuda do oxigênio; usou 15 litros. Sua saturação também não estava boa e não passava de 80. Casado há dez anos, ele é pai e padrasto de meninas. Para ele, vencer a doença foi difícil. ”Era complicado pois não tinha o que eu fazer, eu tinha que esperar meu organismo reagir com a medicação”, comenta.

De acordo com Eliton, o sentimento que carrega no coração desde o dia em que saiu do hospital é de vitória. ”Me sinto um vencedor, pois, quando comento sobre o meu quadro clínico a passageiros da área da saúde, todos me falam praticamente a mesma coisa, que tive outra oportunidade de vida”, explica.

A lição que ele tira de tudo que passou? ”Temos de conviver mais com quem a gente ama, tirar mais tempo para nós, pois vi que para nós morrermos pode ser de uma hora pra outra, por isso temos que aproveitar em vida momentos bons. Sou grato a Deus, Nossa Senhora Aparecida e toda a minha família e amigos que rezaram e torceram pela minha vida”, conclui.

(Texto: Bruna Marques)

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