Inscrições para o curso seguem até 5 de fevereiro
O projeto “Abrindo brechas no cotidiano: Deixar o poema fruir” surgiu da necessidade de compreender o isolamento e distanciamento social, além de outras mudanças causadas pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). Através da escrita e poesia, o curso propõe que os participantes encontrem um novo significado nos objetos e vida cotidiana.
A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), com recursos da Lei Aldir Blanc, abriu processo seletivo que deve contemplar 25 inscritos. A iniciativa, com duração de dois meses, resultará na publicação de uma antologia das produções dos alunos. As inscrições são gratuitas e seguem até 5 de fevereiro abertas para toda população.
A descoberta e entendimento de que existe poesia dentro de casa, nos espaços internos e figuras simples do dia a dia, foi o que motivou Febraro Oliveira, 22 anos, a criar o projeto. “Abrindo brechas no cotidiano começou em julho do ano passado na tentativa de entender o instante pandêmico de outra forma, de tentar ver na quarentena a possibilidade de encontrar poesia. Ele surge para vermos que dentro de casa muita coisa pode acontecer se a gente abre uma brecha. A nossa ideia é tentar encontrar essa brecha, abrir outras e reformular o que é cotidiano e ele elevar isso para outro lugar”, comenta o jovem escritor.
O resultado das inscrições será divulgado no dia 10 de fevereiro e o curso já começa dia 15 do mesmo mês. As aulas ocorrem duas vezes na semana, sendo divididas entre vivência poética e análise técnica. “É para crescermos tecnicamente com os poemas. Isso é algo que eu prezo na construção para não ficar algo só interpretativo. Acho que é importante analisar tecnicamente pra gente evoluir e sair de um lugar comum e clichê da nossa escrita”, explica Febraro.
Abrindo brechas no cotidiano não é voltado apenas para escritores, poetas e poetisas, mas também para aqueles que encontram prazer na escrita e na criação de textos poéticos. “Daqui há 50 anos vão notar que houve uma pandemia no Brasil e que nela tiveram pessoas produzindo arte aqui em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Eu acho muito simbólico que isso esteja acontecendo, que dentro de uma pandemia a gente consiga tentar encontrar poesia por mais difícil que seja. Não que a poesia seja uma válvula de escape, mas toda poesia é uma revolta, um encontro e todo encontro é de fúria e de amor”, finaliza o criador do projeto.
Inscrições
Os interessados podem realizar as inscrições para o “Abrindo brechas no cotidiano: Deixar o poema fruir” através do link.
Das 25 vagas, quatro são reservadas para candidatos pretos e indígenas e duas para pessoas LGBTQA+.
Mais informações relacionadas às inscrições através (67) 98149-67-75 e sobre o curso no (67) 99690-5021
Veja Mais:
Idosos acima de 80 anos começam a ser vacinados a partir de amanhã