Ex-BBBs campo-grandenses rejeitam formato “famosos e anônimos”, mas Priscila Pires aprova

Cinco sul-mato-grossenses são ex-BBBs. Desta vez, porém, o Estado não tem nenhum representante no “Big Brother Brasil 21” que estreia nesta segunda-feira. O que saiu antes de entrar é Daniel Gevaerd. Ele poderia ter participado do “Big Brother Brasil 9”, mas foi eliminado ainda na “Casa de Vidro”. Dos outros quatro, apenas um não contesta a nova versão do reality show.

Todos eles se destacaram em suas edições. Na terceira edição, o primeiro sul-matogrossense a ser “vigiado” 24 horas por dia foi Dilsinho Mad Max e depois Priscila Pires, que ficou em segundo lugar na nona edição. Mais sorte teve Fael Cordeiro que venceu a edição número 12. Por último, Ilmar Renato, o “Mamão”, participou da 17ª edição.

Da edição do vencedor Dhomini e da revelação de Sabrina Sato, Dilson Walkarez, o Dilsinho Mad Max, também é uma marca histórica no reality. Ele foi o primeiro a sair, depois de 20 dias de confinamento. Dilsinho saiu porque sua mãe estava muito doente e o brother, mesmo assim, é lembrado até hoje.

Ele é um dos que não gostaram do novo formato porque acredita que, a partir do momento que o “Big Brother Brasil” começou a colocar pessoas já famosas na casa, perdeu o sentido daquilo que seria a proposta do programa. “Até porque da vida de famosos todo mundo já sabe. Basta dar um ‘google’ no nome da pessoa e você fica sabendo sobre tudo e as histórias de vida das pessoas comuns como eu, e outros que participaram, mais uma vez fica no esquecimento”, opinou.

Porém, ele defende a postura da emissora. “A Globo é uma empresa e toda empresa precisa faturar. Se o Big Brother não estava dando dinheiro com pessoas que não são famosas, a Globo tem que procurar meios que o Big Brother fature. São muito inteligentes, são muito audaciosos e não vão dar um ponto sem nó. É uma empresa autônoma e faz o que quer com o programa dela”, pontuou.

Mas, para o brother, as primeiras cinco edições são incomparáveis em razão do ainda ineditismo, o que já não acontecia, de acordo com ele, nas edições seguintes. “Existia um murmúrio, uma licença poética de que as coisas, a descoberta, a vida, o cotidiano das pessoas era novidade. Então, não há comparações entre elas e as que vieram na sequência. Eu acredito que o ‘Big Brother’ não demore muito para acabar de vez. Ao contrário da ‘Fazenda’, da Record. Artistas continuam chamando atenção e as pessoas têm curiosidade em vê-los.” Dilsinho reforça que gostaria realmente de poder ver mais um representante do Estado, mas “quem define são os diretores do programa”, concluiu.

Do “Big Brother de 2017”, com a vencedora Emilly Araújo, Ilmar Mamão levantou e defendeu suas bandeiras e também acredita que o reality perdeu sua essência. Para ele, o BBB não é mais o mesmo. “Eles mudaram demais e perdeu o formato. Está virando uma fazenda melhorada”, afirmou.

Dois “Camarotes” e uma “Pipoca”, assim Mamão lembra do “BBB 20” e analisa o novo formato. “A ‘Pipoca’ só venceu porque houve um clamor popular. Imagina se Manu Gavassi ou Rafa Kalimann ganhassem? O público acaba escolhendo a Telminha por causa disso, porque as duas já eram meio que bem de vida. O público do BBB tem isso de escolher as pessoas por merecimento do dinheiro e pela história de vida”, analisou.

O brother ainda reforçou sua opinião sobre o formato e opinou sobre como deveria ser o reality. “Ficou uma ‘Fazenda’ melhorada. Esta visão de colocar pessoas já conhecidas do público, famosos com gente totalmente desconhecida – que é justamente isso – colocar gente só desconhecida. Se quisesse fazer um ‘Big Brother’ com gente conhecida, fizesse um só com gente conhecida”, apontou.

Já a vice-campeã do Big Brother Brasil 2009, Priscila Pires, pensa diferente. Da edição do vencedor Maximilliano, o Max, Priscila ficou em segundo lugar e aprovou toda a edição do “BBB 20” e esta que estreia nesta segunda (25). Priscila acredita que esta mudança só aumenta os números de telespectadores do programa.

“Este boom de influencers, de youtubers vem a cada dia mais crescendo. As pessoas com mais popularidade na audiência, explodem ainda mais de seguidores e é uma forma muito boa de ter sempre audiência lá em cima. Foi uma jogada muito boa que o Boninho fez na edição passada. Ele é um profissional que quando faz algo que dá certo só vai melhorando a receita. A edição passada foi muito boa”, avalia.

A sister ressalta ainda a diferença entre um reality só de famosos e um com conhecidos e anônimos, mas sem tirar o mérito que atraiu tantas pessoas neste período de proibições de eventos públicos. “Tem uma diferença muito grande entre ‘BBB’ e ‘A Fazenda’. ‘A Fazenda’ foi uma forma que deu muito certo. A prova é que a última foi sucesso total, líder de audiência em vários momentos. Ali á uma mistura de famosos que estão em destaque e quem não está tanto. Há uma briga de egos querendo mostrar quem é mais forte. No ‘BBB’, esta mistura de famosos com fãs é muito legal”, pontua.

Para Priscila, passar meses, festas, provas e várias emoções ao lado da pessoa que é seu ídolo é mistura muito gostosa. Mas ela não descarta que ver apenas artistas se revelando também dá muito certo. “Esta liga ‘deu bom’ como fala. Uns são artistas que brigam com seus egos da vida e aí tem o BBB que bota fãs com ídolos que deu super certo como provou o ‘BBB’ passado. Isso é muito legal, você ver seu ídolo dormindo e acordando do seu lado, não tem como dar errado também. São realities completamente diferentes um do outro, mas os dois têm a fórmula do sucesso com certeza. Hoje já não consigo dizer se assisto mais à ‘A Fazenda’ ou ao ‘BBB’”, analisou.

Sobre o “BBB 21”, Priscila vê mais um sucesso entrando no ar, mas lamenta não ter nenhum sul-mato-grossense ou campograndense desta vez. “Essa edição está com um time muito bom também. Vai fazer muito barulho. Desta vez não tem ninguém daqui de Campo Grande nem de outro lugar de Mato Grosso do Sul. É uma pena porque sempre coloca nosso Estado, nossa cidade em evidência e seria algo muito interessante como foi comigo. Acredito que minha edição foi muito importante para o Estado, em que foquei muito em deixar em evidência Campo Grande e Mato Grosso do Sul e tudo que foi acontecendo na sequência”, finalizou. Não conseguimos falar com o único vencedor do reality de Mato Grosso do Sul, Fael, que não estava acessível para contato.

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