Plano de saúde coletivo por adesão cresce 6,32% na Capital

Os planos de assistência médica na Capital, do tipo coletivo por adesão, saíram de 32.612 contratos em março para 34.675 em novembro do ano passado. O número representa aumento de 6,32%. Os dados foram informados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Na comparação de novembro de 2019 com o mesmo período de 2020, quando houve o último levantamento, o acréscimo foi de 8,70%.

Na avaliação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), esse tipo de plano tem apresentado alta nos últimos anos, principalmente em momentos de instabilidade como no ano passado. Um dos motivos que levaram a esse aumento é que não precisa de vínculo empregatício, basta vínculo associativo e, por ser coletivo, apresenta valores mais baixos se comparado aos individuais.

“O medo da pandemia levou a maior procura por planos de saúde, que pode ser satisfeita com planos coletivos por adesão. Para os coletivos por adesão, houve sucessivos crescimentos do número de beneficiários desde dezembro de 2018, tendência vista também no Brasil em geral”, explica José Cechin, superintendente-executivo do IESS. 

A contratação do coletivo por adesão teve o recorde de beneficiários em setembro de 2003, com 40.783 vínculos. Em novembro de 2020 foram 34.675, diferença de 6.108 vínculos.

Outros planos 

Se comparar o tipo coletivo empresarial em Campo Grande, a elevação foi de 0,76%, saindo de 174.338 para 175.655 no mesmo período. Individual ou familiar foi de 38.832 para 39.076, o que representa leve aumento de 0,63%. Além disso, existem os tipos que não foram informados para a Agência Reguladora de Planos de Saúde do Brasil, que contabiliza 1.179. Atualmente, o Plano Santa Casa Saúde possui dois tipos: o coletivo empresarial/adesão e individual/familiar. Desses dois, o mais em conta está sendo o coletivo por adesão.

Conforme informado pelo hospital, em relação à tendência, a procura tem sido tanto por clientes empresariais quanto por pessoa física. A maior demanda tem sido da primeira faixa etária, de recém-nascidos a 18 anos de idade. Em seguida está a procura por plano para idosos, acima de 59 anos.

“Os meses iniciais da pandemia resultaram em redução de 231 beneficiários entre os planos individuais/familiares entre março e maio de 2020 e queda de 990 beneficiários entre os planos coletivos empresariais, de março a julho do ano passado”, acrescenta Cechin.

Ainda de acordo com o titular do IESS, o número não expressivo do coletivo empresarial se deve à baixa no emprego e à queda da atividade econômica, em função da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). 

Diante dessa situação, muitas famílias cortaram os itens de consumo que puderam e mesmo assim não conseguiram pagar as mensalidades dos planos individuais ou aderiram aos planos coletivos por adesão.

(Texto: Izabela Cavalcanti)

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