MS será 9º do país a ter centro de transplante de medula óssea

Mato Grosso do Sul será o 9º estado a realizar transplante de medula óssea no país. Conforme o Inca (Instituto Nacional de Câncer), no total, são apenas 70 centros para transplantes de medula óssea no Brasil. No Estado, o centro de transplante de medula óssea será implantado no Hospital da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Mato Grosso do Sul). Segundo a médica hematologista e especialista em transplante de medula óssea do hospital, Soraia Teixeira, apenas 1% dos transplantes de medula óssea são realizados no Centro-Oeste.

“Aqui no Centro-Oeste há centro em Goias e no Distrito Federal apenas, então, será um avanço muito grande para o Estado e toda a região. Aqui, não tem nenhum um centro de transplante de medula óssea e o paciente tem a obrigatoriamente de ir para outro estado. E, além de tratar uma doença muito grave, ele fica fora do ambiente, da origem dele o que acaba por dificultar o tratamento”, explicou.

O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, reiterou a importância do serviço para o sistema de saúde do Estado e afirmou que buscará o credenciamento junto ao SUS (Sistema Único de Saúde).
“Nosso objetivo, obviamente, é atender os pacientes Cassems, de outros planos de saúde, pacientes privados e buscar o credenciamento junto ao SUS para atender os pacientes da rede pública, a exemplo do serviço já credenciado que é o transplante cardíaco que temos aqui no hospital”, ressaltou.

A expectativa é de que o centro de transplante de medula óssea comece a funcionar em, no máximo, 90 dias. Segundo a médica Soraia, nos dois primeiros anos de funcionamento, o centro vai realizar apenas o transplante autólogo de medula óssea. As próprias células-tronco hematopoiéticas do paciente são removidas antes que a quimioterapia ou radioterapia seja administrada, e, então, são armazenadas para serem infundidas no paciente.

“Passados os dois primeiros anos, nós vamos passar por um novo processo para pleitear a habilitação para fazermos o transplante alogênico aparentado, quando um irmão, por exemplo, doa para o paciente. Esse processo também tem que ser feito por dois anos, para que possamos fazer o alogênico não a aparentado, que é quando ninguém da família é compatível e temos que acessar os doadores cadastrados nos bancos de medula óssea”, disse Soraia.

Texto: Rafaela Alves

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