Eronildo Barbosa lança livro sobre a história de vida de um produtor de gado

O mais novo livro do historiador, professor e escritor Eronildo Barbosa, que mora em Campo Grande, trata da história de Eliezer Guimarães, um produtor de gado que residia na região do canal de São Simão, próxima da divisa de Goiás e Minas Gerais. Durante toda a vida, foi dedicado à família e ao trabalho. Ainda jovem, deu início ao processo de produção de gado de qualidade e se tornou conhecido por isso. A história resultou em “Eliezer Guimarães, um homem inesquecível”.

Eronildo conta que, mesmo em uma época em que a produção ocorria de forma mais tranquila e simples, Eliezer sempre teve um olhar atento, daqueles que conseguiam definir quais bezerros do rebanho possuíam alta performasse e a capacidade genética para se desenvolverem melhor. Aliado a isso, vinham os anos de experiência, que definiam o que era melhor na questão de nutrição e manejo do gado.

“Ele foi uma pessoa muito à frente do seu tempo. É preciso entender que ele fez tudo isso antes da década de 1970, quando Eliezer se tornou muito conhecido, sem o apoio da tecnologia e dos estudos que já existem hoje. Essa forma de escolher e manejar o gado fez com que ele se tornasse um grande produtor na região”, destacou o autor da obra.

O produtor, que veio de uma família humilde, passava muito tempo com o gado. Isso fez com que entendesse mais o que o rebanho preferia e qual a melhor forma de cuidar. Tudo isso para que apenas os gados de elite continuassem entre os seus escolhidos.

Trabalhando com a cria, recria e engorda, Eliezer se tornou especialista em decidir cedo qual gado continuaria no seu rebanho. “Ele foi um dos pioneiros, se não o pioneiro, a fazer isso que é muito tradicional aqui no Estado, essa separação do gado de elite do gado de alta performance. Ele foi visionário e sabia definir como o gado se comportaria apenas com o olhar”, pontuou Eronildo.

Com a experiência do manejo, muitas universidades passaram a estudar o trabalho de Eliezer, na Fazenda Jatobá. Isso fez com que o local se tornasse uma das primeiras fazendas a trabalhar com a inseminação artificial do gado. Aliado ao rebanho, que já era de alta performance, a nova genética fez com que o produtor se tornasse conhecido como produtor de nelore precoce.

O desenvolvimento fez com que a fazenda tivesse sucesso no ramo dos frigoríficos. O gado da Fazenda Jatobá conseguia ser abatido aos 24 meses, pesando cerca de 18 arrobas, ao passo que o normal era abater com 36 ou até mesmo 40 meses. “Isso é algo que alguns produtores ainda buscam fazer até hoje e Eliezer conseguiu colocar em prática lá atrás”, relembrou o escritor.

(Texto: Amanda Amorim)

 

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