Carne e gasolina puxam inflação, que fica em 6,85% na Capital

Como observado ao longo de 2020 pela pesquisa da equipe do jornal O Estado, a carne bovina e a gasolina foram alguns dos produtos com as maiores variações de preços. Segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano passado os itens tiveram, respectivamente, altas de 25,38% e 8,65%, e foram os responsáveis por colocar a Capital, com a maior variação do Brasil, entre as regiões pesquisadas. Somente em dezembro, o estudo contabilizou aumento de 1,51% no índice, 0,64 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em julho (0,87%). Com isso, o resultado de dezembro é o segundo maior já registrado desde o início da série histórica na Capital (janeiro de 2014), sendo superado apenas por março de 2015 (1,79%). No Brasil, o IPCA ficou em 1,35%, com acumulado no ano de 4,52%.

Quando se analisam os grupos pesquisados que mais contribuíram para o resultado mensal, a maior variação veio do grupo habitação (2,99%), com o impacto do subitem aluguel residencial(1,39% de aumento e impacto de 0,045 p.p.) e da energia elétrica residencial (6,99% de alta e 0,38 p.p. de impacto). Além disso, o grupo alimentação e bebidas obteve (0,59 p.p.), passou de 2,70% (ante os 2,74% de novembro), influenciado principalmente pela elevação nos preços do itens carnes (3,31% e 0,16 p.p. de impacto) e frutas (17,44% e 0,16 p.p. de impacto). Contudo, a lista dos “vilões” da inflação em 2020 também é formada pelos seguintes produtos: banana-d’água/nanica (28,97%), banana-maçã ( 23,41%) e batata-inglesa (21,24%). Esta última ficou 95,33% mais cara no ano, acompanhada pelo arroz (75,31%) e pelo óleo de soja (65,85%).

Em seguida, aparece o grupo de transportes (1,43%). O resultado representa a sétima alta consecutiva, influenciando o índice em 0,3 p.p. e acumulando 6,97% no ano. Contudo, a majoração foi motivada pelo comportamento dos preços do subitem gasolina, que subiu 1,33% em agosto, elevando o índice, e em 0,09 p.p. e acumulando 8,65% de aumento no ano.

Na saúde e cuidados pessoais em dezembro a variação foi de 0,64%, reajuste de 0,37 p.p referente a novembro, e acumulada no ano de 2,35%. No grupo educação (-0,19%), o recuo foi puxado por subitens como caderno (-3,22%), autoescola (-2,27%) e papelaria (-2,25%). Por fim, o grupo comunicação apresentou queda de -0,28%, em Campo Grande, e variação de 0,39% no nível Brasil, com impacto de 0,02 p.p. Na Capital, esse número é fruto direto do resultado obtido pelo subitem combo de telefonia, internet e TV por assinatura, que aumentou 1,38%.

(Texto: Michelly Perez)

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