Os números que refletem a recuperação econômica do país, passado o momento mais agudo da pandemia de Covid-19, começam, finalmente, a aparecer com maior frequência. Nesta quinta-feira (26), o Ministério da Economia divulgou os dados referentes ao CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), presenteando os brasileiros com uma notícia boa: o país obteve saldo positivo em 394.989 entre contratações e demissões no mercado formal de trabalho.
Os números são, evidentemente, impulsionados pela recuperação passado o pico de infecções e mortes pela doença no país, mas o resultado é o melhor para o mês desde 1992, no início da série histórica da pesquisa. O saldo anual ainda é negativo, em 171.139 empregos, mas o país teve mais contratações do que demissões pelo quarto mês seguido.
Se o país seguir criando vagas, até mesmo o ministro da Economia, Paulo Guedes, um otimista em relação à capacidade de retomada do país, se mostra surpreendido. Na quarta-feira, 25, o ministro calculou uma perda aproximada de 300 mil vagas formais de trabalho em 2020.
“Tivemos Caged positivo nos últimos meses e amanhã tem mais. É possível que a gente termine o ano perdendo 200 mil ou 300 mil empregos. Isso é um quarto do que foi perdido na recessão de 2015 e na recessão de 2016”, previu em um encontro com investidores promovido pelo Grupo Voto, que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro.
Porém, ao apresentar os dados de emprego de outubro, o ministro melhorou sua previsão. Segundo ele, é possível e provável que o país termine o ano com um saldo zerado de empregos: ou seja, sem fechar vagas formais. “Tivemos resiliência, fizemos o distanciamento social e podemos terminar o ano tendo perdido zero empregos no mercado formal. É algo extraordinário”.
Por mais que um possível fechamento de vagas no fim do ano possa não concretizar a nova previsão de Guedes de zerar o saldo de empregos no ano, os dados da retomada são realmente animadores. “A notícia é extraordinária que acho que é difícil melhorar. É o melhor mês da história. Nunca o Brasil criou tantos empregos no mês”, classificou um animado Guedes.
(Com informações: VEJA)