As duas onças resgatadas no dia 3 de novembro foram os últimos animais encontrados na Serra do Amolar vítimas dos incêndios que devastaram a região. Dos 276 mil hectares da rede de proteção e preservação da Serra do Amolar, 216 mil foram consumidos pelo fogo de janeiro a outubro deste ano. Agora, a luta é para manter a vida dos animais que sobraram na área e isso inclui a ação de veterinários e população.
De acordo com o veterinário do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Diego Viana, mesmo tendo 16 dias sem regaste de fauna, as equipes continuam realizando o trabalho. “As equipes continuam buscando, mas não encontramos mais animais que precisem de resgate. Agora a iniciativa que estamos fazendo é o de assistencialismo, que é colocar alimento, fruta e ração nas áreas que pegaram fogo para ajudar os animais”, assegurou.
Viana afirmou que este trabalho de assistencialismo deve levar ainda, pelo menos, mais três semanas. Mas é algo pontual. Quando as áreas voltarem a ficar verdes, o trabalho será encerrado.
Alimentos
Para ajudar neste assistencialismo, ocorre hoje (20), na Capital, o “dia D” de arrecadação de alimentos que serão enviados para o Pantanal. A iniciativa é do grupo “SOS Animais do Pantanal MS” e o ponto de arrecadação é na Vila Sobrinho, Rua José Rodrigues Benfica, 88.
Conforme uma das voluntárias, a professora Jaqueline Gonçalves Larrea, 34 anos, a expectativa é de arrecadar meia tonelada. “Nós estamos fazendo a iniciativa desde o fim de setembro, e aproximadamente até quarta-feira (18) foram arrecadadas 17 toneladas.”
O grupo encaminha e distribui os alimentos arrecadados para o Pantanal nos fins de semana. Quem quiser ajudar a “SOS Animais do Pantanal MS” pode doar banana, maçã, mamão, laranja, caju, melão, melancia, milho e frutas do Cerrado.
A professora alegou que o planejamento do grupo é para que a última ação ocorra no dia 29 de novembro.
(Texto: Rafaela Alves)
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