Alfabetização Nacional

Professoras abordam os desafios de se alfabetizar, prazeres e aprendizados em sala de aula

Em homenagem à criação do Ministério da Educação e Cultura (MEC) em 1930, o 14 de novembro é tido como Dia Nacional da Alfabetização, um compromisso das comunidades escolar e familiar para com as crianças da nação. Sendo uma missão para toda a sociedade se conscientizar, os profissionais da educação destacam que não é só pelas mãos dos professores que o analfabetismo será erradicado do Brasil. 

“Neste momento, o maior desafio está sendo superar a pandemia, conseguir que os alunos permaneçam em casa estudando. Mas, de forma geral, um dos grandes desafios é a necessidade de acompanhamento da família. É necessário, porque os pais não têm essa consciência”, explica a professora do 1° ano, Franciele Henrique Taveira. 

Docente na Rede Municipal de Ensino, para Franciele, além do estado pandêmico, há obstáculos que já estavam pelo caminho que ainda precisam ser superados. “A questão da evasão, porque eles saem muito e não permanecem na alfabetização. A falta de maturidade das crianças também é um quesito um tanto complexo, que ainda a instituição escolar precisa saber lidar, que como entraram mais novos na alfabetização isso ainda prejudica. Além do rodízio de alunos principalmente na Rede Municipal, que trocam de escola com muita facilidade e, com isso, não têm uma rotina”, lista ela.

Para Franciele, a erradicação do analfabetismo no Brasil não é uma questão palpável, mas amenizar os índices ainda é possível. “Não tem culpados. Não é só família, nem só escola, nem política. Precisa de uma conscientização da sociedade inicial, para que depois se tente efetivar isso na escola, com cursos que alfabetizem e estimulem a forma de alfabetizar”, comenta.

Ela aponta que a elaboração de políticas públicas de governo tem a necessidade de virem com o poder de mudança, e que isso reflita em todo o processo dentro e fora das salas de aula. “Como vivemos numa sociedade em movimento, como alfabetizava-se anteriormente não é a mesma forma que se alfabetiza hoje. Há a necessidade de alterar, não só os documentos, mas a prática”. 

Franciele ainda chama atenção de que, principalmente na rede pública, faltam recursos tecnológicos que auxiliem a complementar as atividades. Esse ponto também é  defendido pela professora Eloir Matos dos Santos, que dá aula no 2º ano e recentemente lançou a obra “Bicho do Mato”, uma produção independente que surgiu da necessidade de ter material regional para trabalhar com alfabetização e o Pantanal sua minha fonte de inspiração.

(Confira a matéria completa na página C1 da versão digital do Jornal O Estado)

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