Dia Nacional de Combate a Diabetes

Pelo menos 12,3% dos adultos em Campo Grande, na faixa etária de 30 a 69 anos, convivem com a doença

O Dia Nacional de Combate a Diabetes foi comemorado no sábado (14). Considerada uma doença crônica não transmissível, a diabetes é causada pela falta de insulina no organismo, o que provoca uma alta taxa de açúcar no sangue. A incidência no número de diagnósticos vem aumentando nas últimas décadas e atingindo proporções epidêmicas em todos os continentes. Pelo menos 12,3% dos adultos em Campo Grande, na faixa etária de 30 a 69 anos, convivem com a doença.

De acordo com a endocrinologista e professora do Curso de Medicina da Uniderp, Sandra Gaban, vários fatores estão associados a doença, como, por exemplo, a rápida urbanização, transição nutricional, sedentarismo, maus hábitos alimentares e envelhecimento populacional.

“As pessoas que têm mais chance de desenvolver diabetes são aquelas com excesso de peso e com parentes de primeiro grau na família, sendo assim a adoção de um estilo de vida saudável com uma alimentação balanceada, evitando alimentos gordurosos, guloseimas, excesso de bebidas alcoólicas e a prática de atividade física regular são fundamentais para a prevenção do diabetes, da hipertensão arterial e outras doenças cardiovasculares. Ainda, manter um peso saudável, a pressão arterial controlada e níveis de colesterol e triglicerídeos dentro da normalidade”, orienta a especialista.

Segundo a médica, a prevenção e o tratamento precoce do diabetes ainda são os melhores remédios, por isso a Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda o rastreamento da doença com o exame de glicemia em indivíduos assintomáticos e sem fatores de risco.

“Para os diabéticos a partir dos 45 anos e para os que apresentam sobrepeso ou obesidade, hipertensão arterial, hitórico familiar de diabetes, mulheres que tiveram diabetes na gestação, portadores de hepatite C e outros fatores de risco devem ser avaliados em qualquer idade”, revela Sandra.

No Brasil, 14 milhões de pessoas têm diabetes e 50% dessa população desconhece a doença, que é crônica e silenciosa. O diabetes pode causar cegueira, acidente vascular cerebral, infarto do coração, insuficiência renal e amputação de perna. É frequente o diagnóstico já com alguma complicação da doença.

Tipos de diabetes

São três tipos de diabetes: tipo 1, tipo 2 e o diabetes gestacional, que é diagnosticado na gravidez.

  • O diabetes de tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode também ser diagnosticado em adultos. Os pacientes apresentam uma destruição das células do pâncreas produtoras de insulina e o tratamento é realizado sempre com insulina, planejamento alimentar e atividades físicas para o bom controle do nível de glicose no sangue. Corresponde de 5% a 10% do total dos casos de diabetes;
  • 90% das pessoas com diabetes têm o tipo 2, que se manifesta mais frequentemente em adultos a partir dos 40 anos, mas crianças e adolescentes também podem apresentar, pois esse tipo de diabetes está associado ao excesso de peso, sedentarismo, maus hábitos alimentares e à presença da doença em familiares.

Cuidados que os diabéticos devem ter

  • Os diabéticos devem manter as metas do controle glicêmico, dos níveis de colesterol e triglicerídeos e da pressão arterial;
  • Manter um peso saudável, praticar atividade física regularmente e adequada às suas condições clínicas;
  • Manter sua carteira vacinal atualizada, ir ao dentista regularmente, fazer o exame do fundo de olho e outros exames, de acordo com as orientações do endocrinologista e/ou da equipe que o assiste;
  • Não andar descalço; não usar bolsas de água quente nem almofadas térmicas, lavar os pés com água corrente e morna; secar bem entre os dedos; cortar as unhas em linha reta e não retirar a cutícula; passar hidratante em cima e embaixo dos pés e nunca entre os dedos;
  • Se observar qualquer alteração, como cortes, rachaduras, inchaço, alteração de temperatura localizada (calor ou frio) ou feridas, deve procurar a equipe de saúde o mais rápido possível;
  • Usar meias sem costura, sapatos macios e olhar dentro dos sapatos antes de colocá-los; evitar sandálias de dedo também diminuem o risco de complicações nos pés do diabético;
  • O paciente que tem diabetes de tipo 1 deve ter um cartão de identificação da doença na carteira, pois, em caso de alguma complicação aguda, como, por exemplo, um episódio de hipoglicemia, será útil para a equipe de profissionais da saúde que o assistirão.

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