Prever a abstenção na eleição é ‘mero chute’, diz cientistas políticos

Historicamente Campo Grande tem abstenção de votos entre 18% e 24%, de acordo com cientistas políticos, mas, em razão da situação atípica por causa do novo coronavírus e o fim da coligação para vereadores, não há base para uma previsão para este ano, porém dois profissionais da área fizeram uma dedução lógica e responderam sobre como serão as eleições municipais na Capital Morena. Eles não concordaram sobre as possibilidades de os eleitores saírem para votar.

O cientista político Tito Machado acredita que a abstenção tende a ser maior nesta eleição. “Claro que um motivo é a pandemia, embora a população em geral e as autoridades já estão agindo como se já tivesse passado, o que não é verdade. Como já percebemos, o brasileiro gosta de política e se entusiasma com ela, ao contrário do que muitos dizem” pontuou. Para Tito, o que faz o eleitor deixar sua casa para ir votar é a dinâmica que a eleição termina provocando nos bairros. “No fundo a eleição é uma festa. Mas todas as vezes em que a disputa é acirrada o volume de eleitores votantes é maior, o embate terminado, criando um ambiente mais propício para entusiasmos contagiante, o resultado é uma maior presença na votação”, avaliou.

Mas Tito Machado acredita em um aumento no número de eleitores que deixarão de votar. “Como neste momento existe uma apatia muito grande, tanto por um suposto resultado previsível quanto pela ausência de reuniões típicas do período eleitoral por conta da pandemia, creio que o nível de abstenção deverá crescer. Mas, de todo modo, não creio que será exorbitante. A percentagem história fica entre 18 e 22% no geral, mas não tenho os dados de Campo Grande”, destacou.

Sobre o aplicativo que vai possibilitar justificar o voto pelo celular, o cientista não o vê como motivo de crescimento. “Apesar da pandemia que, sem dúvida, é um fator que não pode ser desconsiderado, mas a maior ausência será por falta de uma disputa mais acirrada, um embate mais criativo, um bom motivo para mudar. Até a questão ideológica tão presente nas eleições passadas, nesta, apesar do Bolsonaro, está tendo pouquíssima relevância”, revelou.

(Texto: Rafael Belo)

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