Dívida bruta do governo deverá encerrar o ano em 96% do PIB

A Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia divulgou nesta sexta-feira (30) que a dívida bruta do governo geral (DBGG), principal indicador usado nas comparações internacionais, fechará o ano em 96% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em relação ao ano de 2019, houve um crescimento de 20,2 pontos porcentuais, quando a DBGG encerrou o ano em 75,8% do PIB. A estimativa da dívida bruta em setembro era 93,9% no PIB de 2020. Esse aumento, em grande parte, se deve aos gasto do governo para recursos de enfrentamento contra a covid-19.

Entre países de economia média, o Brasil está mais endividado que a África do Sul, que deverá encerrar 2020 com dívida bruta de 82,8% do PIB. Os dois países têm nota BB- das agências de classificação de risco e estão enquadrados numa categoria melhor que a Argentina.

As projeções para a dívida pública levaram em conta as estimativas das instituições financeiras divulgadas no boletim Focus, do Banco Central, em 19 de outubro: encolhimento de 5% do PIB neste ano, inflação de 2,6% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e déficit primário de 12,7% do PIB em 2020. A taxa Selic (juros básicos da economia) começaria 2021 em 2% ao ano e subiria gradualmente para 6% ao ano até 2024.

Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver, no vencimento dos títulos, o dinheiro com alguma correção, que pode seguir os juros básicos, a inflação, o câmbio ou ser prefixada (definida com antecedência). Por causa da pandemia da covid-19, o governo aumentou as emissões de títulos públicos para fazer frente a gastos como o auxílio emergencial e o pacote de ajuda aos estados e municípios.

*Com a informações da Agência Brasil

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