Para resultado da vacina ser rápido, adesão tem de crescer

Começam testes de imunização contra a COVID na área da saúde

A vacina contra a COVID começou a ser testada em Mato Grosso do Sul. Segundo a pesquisadora Ana Lúcio Lyrio, que atua na coordenação do estudo, aponta que quanto mais rápido a fase de vacinação dos voluntários for concluída, mais cedo haverá a apresentação dos resultados da pesquisa. Em todo o Estado, cerca de mil voluntários da área da saúde serão testados.

Lyrio revela que a testagem ainda está no início, mas a CoronaVac, vacina chinesa produzida em parceria com o Instituto Butantan, tem se mostrado eficaz e sem efeitos colaterais.

“Na segunda-feira (26), foram testados os primeiros 10 voluntários. Todos reagiram bem à primeira dose, sem nenhum efeito adverso e logo poderemos dar continuidade. Seguindo o protocolo é preciso esperar um período de análise, em que observamos como a vacina se comporta”, pontuou.

Ainda é preciso analisar a forma como o imunológico age nos voluntários. Serão ministradas duas doses, a segunda 14 dias após a primeira. A pesquisadora ressalta que o fato de a vacina estar na fase 3 já mostra que se trata de um imunizante seguro, porém, para que seja liberado no país, é preciso que cumpra um total de testes.

“Quanto mais cedo atingimos o número necessário, mais rápido a vacina pode ser comercializada. Nós estamos aguardando atingir 13 mil voluntários no Brasil, para que então seja feito o levantamento de quem tomou placebo, ou não. Sendo comprovada a eficácia, pode ser liberada para a população”, destacou em entrevista à TV Morena.

Lyrio ainda frisa que é preciso esperar para se verificar a forma como será realizada a imunização. Ainda não se sabe se seguirá os moldes da vacinação contra a H1N1, ou se será necessário apenas uma dose.

Profissionais da Saúde

De acordo com o presidente do Sinmed (Sindicato dos Médicos do Estado MS), Marcelo Santana Silveira, é importante garantir ao profissional que se candidata a participar dos testes que ele esteja cercado do apoio da rede de pesquisa e frisou que, apesar de todo debate acerca do tema, são pessoas com formação e que conhecem a forma como ocorrem os estudos.

“Isso não deve afastar os profissionais da saúde. São pessoas que estudaram a área e têm conhecimento de como funciona o processo de testes. Além de se tratar de uma vacina que já foi testada em humanos e tem como sintoma mais comum uma febre leve, assim como outras vacinas que já são disponibilizadas no país”, pontuou.

Silveira ainda destacou que o os estudos da CoronaVac foram desenvolvidos em parceria com o Instituto Butantan, um dos polos de referência em pesquisa do Brasil, pioneiro nos estudos de soro antiofídico, contra toxinas de animais peçonhentos ou microrganismos. Veja mais notícias.

Serviço: A inscrição para o estudo pode ser feita pelo e-mail, [email protected], e pelo telefone (67) 9 9269-3354.

(Texto: Amanda Amorim)

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