Referência para COVID, HRMS começa a desativar leitos de UTI

Desativação de 12 vagas foi feita ontem (20), restando 106 para atendimento

Hospital referência para tratamento de COVID-19 no Estado, o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) começou a desativar leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados para pacientes com coronavírus.

Conforme a diretora-presidente da unidade, Rosana Leite, dos 118 leitos de UTI, 12 já foram desativados ontem (20). Ela afirmou que há três semanas o hospital está atendendo pacientes não-COVID e que a demanda tem sido maior que de pacientes infectados pelo vírus.

Desde março, início da pandemia no Brasil, que o hospital foi escolhido pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) para ser referência no tratamento da doença. Com isso, a unidade teve que adotar ações de “desospitalização” entre elas, a suspensão de cirurgias eletivas, que continua até janeiro. Foram mantidos apenas os procedimentos oncológicos, de urgência e emergência, além de alguns atendimentos ambulatoriais.

Com a desativação dos 12 leitos, o hospital vai ficar com 106 UTIs destinadas para pacientes COVID e não-COVID. Do total, 66 serão exclusivos para pacientes infectados pelo coronavírus. Entretanto, mais leitos serão desativados gradualmente. De acordo com a diretora-presidente, em novembro, o número será ainda menor.

“A taxa de internação de pacientes críticos com COVID diminuiu. Então, para o mês que vem, acredito que vamos desativar mais 17 leitos, teremos 49 UTIs disponíveis para pacientes com o vírus. Por outro lado, a demanda de pacientes não-infectados cresceu, hoje estamos com 40 leitos de UTI disponíveis para esses pacientes e essa quantidade será mantida.”, explicou

Ainda segundo Rosana, a rede municipal de saúde não estava dando conta de atender o número de pacientes cardíacos que precisam de internação em leitos de terapia intensiva. “A taxa global de ocupação, ou seja, tanto de leitos COVID e não COVID, é de 90%”, disse, se referindo ao número de internados até a tarde de ontem.

O hostal tinha 307 pacientes internados, entre adultos e pediátricos, e a taxa de ocupação dos leitos COVID era de 80% das UTIs e 22,5% dos leitos clínicos até a tarde de ontem. Mas, o hospital chegou, durante a pandemia, a ter 100% de lotação das UTIs. A primeira vez foi no dia 30 de julho. Na época, eram 87 leitos de UTI exclusivos para atendimento do coronavírus.

Habilitação de leitos pelo Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde, desde maio, estava habilitando leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratar exclusivamente pacientes graves ou gravíssimos com COVID-19. Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) foram habilitados 83 leitos de UTIs. Destes, três eram pediátricos e 79 adultos.

A diretora-presidente do HRMS, Rosana Leite, declarou que desse total, apenas 44 leitos teve prorrogação da habilitação e continua recebendo por dia, em média, R$ 1,6 mil da pasta federal para manter o funcionamento do leito. “O hospital tem arcado com os custos para manter os leitos que não foram renovados em funcionamento”, ressaltou. Confira outras notícias regionais.

(Texto: Rafaela Alves)

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