Indústria sustenta economia e puxa contratações no Estado

Dados publicados ontem (30), pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho revelaram que o Mato Grosso do Sul atingiu pelo terceiro mês consecutivo um saldo positivo de contratações com 2.612 novos empregos (no mês de julho foram 3.126 trabalhos e em junho outros 1.164). Com isso, o Estado consolida no acumulado do ano, a efetivação de 4.458 postos de trabalho, após realizar 136.070 admissões e 131.612 desligamentos, variação de 0,87% e o sexto maior número entre outras unidades da federação. No país, saldo também foi positivo com 249.388 empregos, crescimento de 0,66%.

No cenário nacional, o mês de agosto representou na contratação de 1.239.478 empregados e na demissão de pelo menos 990.090 funcionários, o que demostra um saldo positivo de 249.388 empregos (0,66). No acumulado do ano, as admissões somam 9.180.697 trabalhadores e os desligamentos 10.030.084, ou seja,uma variação de (-2,19%) e o corte de pelo menos 849.387 empregos com carteira assinada. Mudança também foi refletida no salário médio real de admissões, já que em agosto do ano pasado, o valor foi de R$ 1.667,07 e em agosto deste ano, alcançou os R$ 1.725,62.

Quando se analisam os resultados por regiões é possível observar que o resultado se manteve positivo em todas as localidades do país. Mesmo assim, o melhor resultado em termos absolutos foi no Sudeste, com a criação de +104.702 (+0,54%) postos de trabalho formais, enquanto a maior variação relativa do estoque em relação ao mês anterior coube ao Norte, +1,26%, com a geração de +22.272 vagas de emprego com carteira assinada. A região Nordeste teve saldo positivo de +62.085 postos, equivalente a uma variação relativa do estoque de +1,02%; enquanto a Sul registrou +42.664 postos (+0,60%) e a Centro-Oeste +17.684 postos, +0,54%. Todas as unidades da federação registraram saldo positivo. São Paulo com +64.552 novas vagas (+0,55%); Minas Gerais com +28.339 (+0,71%) e Santa Catarina com +18.375 (+0,90%) tiveram os melhores saldos. Já em termos relativos, as que tiveram maior variação positiva foram Paraíba (+9.753 postos, +2,46%); Amazonas (+7.019, +1,74%); e Rio Grande do Norte (+5.955, +1,45%).

O estudo indicou ainda, que pelo menos cinco setores econômicos contribuíram para a retomada das contratações no mês de agosto, dentre eles, o principal foi a industria com um saldo de 92.893 empregos, acompanhada pela construção com 50.489 trabalhadores e o comércio com outras 49.408 contratações. Os dois setores que tiveram uma contribuição mais tímidas foram: serviços com saldo de 45.412 admissões e agropecuária com outras 11.213.

No país 18.378.77 e no MS, outros 104.207 acordos foram firmados para manutenção dos empregos

Além disso, o Ministério do Trabalho contabilizou que até o dia 25 de setembro, em todo o país 9.734.159 trabalhadores foram beneficiados com os acordos do benefício emergencial. A cifra indica que até o momento foram firmados 18.378.77 acordos, que beneficiaram a 1.449.653 empregadores. Os setores que mais utilizaram deste recurso foram: servicos (9.316.62), comércio (4.571.516) e indústria (3.864.277).O programa prevê o pagamento de até R$ 28,5 bilhões e atualmente, já foram pagos R$ 25,5 bilhões.

Na contratação de acordos mensais, é possível observar que desde o mês de abril quando o Brasil contabilizou 5.928.188 de acordos, mês a mês, a adesão têm sido menor, sendo que em agosto, apenas 1.580.311 acordos foram realizados e em setembro outros, 1.222.139. A modalidade mais recorrida foi a da suspensão contratual, com 8.011.459 adesões. Seguida, pela redução de 70% da jornada laboral escolhida por 4.054.756 dos acordos firmados. A modalidade menos adotada foi a intermitente com 181.575 acordos.

No Mato Grosso do Sul, entre abril e setembro foram celebrados 104.207 acordos, para 10.932 empregadores e que possibilitaram a manutenção de 64.828 postos de trabalho. Seguindo o comportamento do restante do país, dentre as modalidades com maior adesão estão: suspensão contratual (46.163), redução de 50% da jornada laboral (22.363) e redução de 70% da jornada (20.239). O modelo com menos adesão foi o intermitente com apenas (1.499).

(Texto: Michelly Perez com Rosana Siqueira)

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