Efeitos do calor intenso podem refletir na pele

A intensa onda de calor prevista para Mato Grosso do Sul nos próximos dias, além de desconforto, pode desencadear uma série de efeitos, inclusive na pele. De acordo com a dermatologista Laura de Albuquerque Furlani, essa época de altas temperaturas atreladas a baixa umidade relativa do ar pode provocar desidratação, queimaduras do sol e descamação no corpo.

Tenho acompanhado muitas pacientes com queixa de dermatite, onde a pele fica extremamente ressecada e muito mais sensível a produtos cosméticos ou químicos de trabalho”, disse. Conforme Furlani, as altas temperaturas também são responsáveis por casos de hipertermia, quando o organismo produz ou absorve mais calor do que consegue dissipar.

Pressão baixa, tontura, respiração e batimentos cardíacos acelerados, palidez ou vermelhidão, além de, transpiração excessiva e desmaios são sintomas da hipertermia, ou como a maioria conhece, “insolação”. Com a elevação da temperatura corporal a 40ºC, o organismo pode colapsar e em casos extremos, levar à morte.

Furlani reiterou que, para evitar desconfortos por conta do calor intenso e do cenário pandêmico ao qual estamos inseridos, em que o álcool em gel entrou na rotina da população, a hidratação corporal é essencial. De acordo com a dermatologista, o filtro solar continua sendo o item mais importante dos cuidados com a pele.

O protetor solar é fundamental para qualquer idade, deve ser usado [a quantidade de] uma colher de sobremesa na face, com reaplicação [em um período] de três em três horas”, reiterou. Além do filtro solar, a população deve intensificar a ingestão de líquidos, principalmente os idosos que são mais suscetíveis à desidratação.

O fisioterapeuta e responsável técnico pelo Asilo São João Bosco, Sidney Dutra Nunes frisou que, a maior parte dos 70 idosos acolhidos pela instituição apresentam uma grande dependência dos funcionários, e por esta razão, as equipes foram treinadas para reforçarem a oferta de líquidos aos idosos.

Na rotina deles, nós já ofertamos sucos e vitaminas fora das refeições, e neste período especificamente, além da questão do calor, a nossa maior preocupação é a baixa umidade. Além da oferta de água principalmente, mais vezes ao dia, nós também verificamos se isso está sendo consumido”, ressaltou Nunes.

O fisioterapeuta salientou que, com o monitoramento da oferta e ingestão de líquidos, outro recurso adotado pelo Asilo para aliviar os efeitos do calor nos idosos, é aproveitar a parte arborizada da instituição. “Toda a parte da varanda, lugares mais frescos, e área com as árvores estão sendo aproveitados neste período, para pelo menos tentar compensar as altas temperaturas”, finalizou Sidney. Acesse essa e outras notícias. Acesse mais notícias.

(Texto: Mariana Moreira)

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