Abordados durante toque de recolher aumentam 195%

A GCM (Guarda Civil Metropolitana) abordou 1.446 pessoas desrespeitando o toque de recolher neste último fim de semana do mês em Campo Grande.

O número é 195% maior que o registrado no fim de semana anterior, quando 490 pessoas foram orientadas a retornarem e permanecerem nas residências.

Este foi o segundo fim de semana do toque de recolher com horário das 00h às 05h. Na sexta-feira (25), 570 pessoas foram abordadas, 50 estavam aglomeradas em uma conveniência na avenida Ceará.

No sábado (26) o número de pessoas flagradas foi de 584 e no domingo (27) de 292. As denúncias ocorrem por meio do telefone 153, mais de 500 denuncias por parte da população.

Durante o fim de semana quatro festas foram finalizadas e duas pessoas foram encaminhadas para delegacia.

De acordo com o secretário municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, o fato não tem uma explicação técnica.

“A impressão que tenho é que as pessoas estão achando que a doença não existe mais, que o perigo acabou. A doença pode estar estabilizada aqui em Campo Grande, mas não significa que podemos abusar. Podemos voltar a ter o patamar que a doença alcançou em junho, julho e agosto. As pessoas precisam ser conscientes, não e o momento para aglomerações”, explicou.

O secretário afirmou ainda que a medida de segurança para evitar o contagio do novo coronavírus já não tem a mesma eficácia que no início da pandemia.

Ainda mais, a prefeitura estuda a possibilidade de suspender o toque de recolher a partir de 1º de outubro.

“Na próxima reunião vamos avaliar se mantém ou suspende o toque de recolher. Na minha visão a medida já não tem mais o efeito técnico do começo da pandemia. As aglomerações estão acontecendo a todo momento”, assegurou.

Por outro lado, o procurador geral do município, Alexandre Ávalo, avaliou que ainda não é a hora de suspender o toque de recolher em Campo Grande.

“Os números estão em estabilização para queda, mais o COVID ainda está ai, então não sei dizer se, tecnicamente, esse seria o momento certo. Mas, essa é uma tendência ”, ressaltou.

(Texto: Rafaela Alves)

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