Após ‘maior operação contra PCC’, Gaeco de SP acredita em novo líder escondido em MS

Apontado como responsável pela facção após isolamento de lideranças, ‘Tuta’ estaria chefiando fronteira

As oito operações desencadeadas pela Polícia Federal em Mato Grosso do Sul desde o fim de agosto com o objetivo de minar o poder do PCC (Primeiro Comando da Capital) nas fronteiras com Paraguai e Bolívia fizeram com que o integrante mais procurado da facção criminosa neste segundo semestre deixasse rastros. Marcos Roberto de Almeida, o “Tuta”, na apuração inicial do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) de São Paulo é o substituto de Marcos Willians Herbas Camacho, o “Marcola”, na liderança da quadrilha e pode estar escondido no eixo Ponta Porã – Pedro Juan Caballero.

A informação foi trazida à tona na segunda-feira (14), durante operação do Ministério Público Estadual paulista, que identificou 21 líderes do PCC que estão ocupando as posições de chefia da facção após a transferência de Marcola e outros para presídios federais, no início de 2019. Segundo o promotor Lincoln Gakiya, que integra o Gaeco, “é a maior operação contra a quadrilha”.

Durante os dois dias de ações realizadas na capital e região da Grande São Paulo, Tuta não foi localizado. É considerado foragido. E a pista seguida pelo Gaeco paulista é a de que o novo líder do PCC está escondido no Estado. Uma das hipóteses é a de que veio pessoalmente à fronteira reorganizar as estruturas da facção, para distribuição de drogas e armas a todo o país após lideranças locais, que passaram a cuidar da fronteira, terem sido flagradas pela PF.

“A região da fronteira sofreu diversas operações da PF, com rotas (de tráfico) desmanchadas, lideranças flagradas e até negociações por territórios. Há uma carência de organização da facção neste momento. E é natural que quem ocupe o principal papel dentro da organização queira acompanhar de perto sua principal fonte de renda”, disse Gakiya, ao jornal O Estado.

A presença de Tuta na fronteira vai além do comércio de drogas e armas. Isso porque, com Marcola e seu maior braço direito, Gilberto Aparecido dos Santos, o “Fuminho”, em cárcere federal, negócios como fazendas e revendedoras de automóveis do líder do PCC no Paraguai precisam de alguém para administrar.

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(Texto: Rafael Ribeiro)

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