Insegurança alimentar é de 37% em Mato Grosso do Sul

A POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) 2017-18 realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica), indicou na análise da segurança alimentar que no período, pelo menos 37% dos domicílios do Estado possuíam algum grau de insegurança alimentar, ou seja, incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro.

O número reflete que a proporção de domicílios com insegurança alimentar leve passou de (12,9%) em 2014, para (25,9%) em 2017-18. com isso, o Mato Grosso do sul contabilizou cerca de 1,1 mihão de pessoas sofrendo com a insegurança alimentar nos últimos anos.

Para o IBGE na comparação com o número de famíias com segurança alimentar no estado era de 73,9% dos domicílios, contudo, nos anos 2017-2018, essa prevalência caiu para 63% dos domicílios. Sendo que dentre aqueles com uma insegurança leve, totalizaram (25,9%) em 2017 e 2018, frente os (12,9%) em 2004.

Resultados menos expressivos foram os obtidos dentre aqueles co insegurança alta, ou seja, aqueles onde os alimentos básicos chegaram a faltar para os adultos, de acordo com o estudo, o número passou de 12,9%, em 2004, para 6,7% em 2017 e a Insegurança grave, onde até mesmo as crianças ficam sem os alimentos principais, caiu de 5% para 4,5%.

Com isso, a POF estimou um total de 899 mil domicílios particulares permanentes em Mato Grosso do Sul. Dentre esses, 63% estavam em situação de Segurança alimentar enquanto 37% domicílios particulares restantes estavam com algum grau de Insegurança Alimentar (cerca de 1,1 mihão de pessoas). Tais resultados colocaram o Estado no 12º maior percentual entre as Unidades da Federação e com o maior percentual da região Centro-Oeste.

Já que, considerando o nível de IA grave como a forma mais severa de baixo acesso domiciliar aos alimentos, é possível afirmar, com base nos resultados da POF 2017-2018, que cerca de 141 mil pessoas, em 41 mil domicílios, passaram por privação quantitativa de alimentos, que atingiram não apenas os membros adultos da família, mas também suas crianças e adolescentes. Houve, portanto, ruptura nos padrões de alimentação nesses domicílios e a fome esteve presente entre eles, pelo menos, em alguns momentos do período de referência de 3 meses.

No país, o cenário apontou que 63,3% dos domicílios estavam em situação de Segurança alimentar enquanto 36,7% domicílios particulares restantes estavam com algum grau de Insegurança Alimentar. Neste período, a proporção de domicílios em Insegurança alimentar leve foi de 24,0%, sendo que 8,1% dos domicílios particulares estavam em Insegurança moderada e 4,6% em Insegurança grave. Destaque para o maior nível de insegurança foi o obtido pelo Maranhão (66,2%) e o menor, Santa Catarina, com 13,1%.

(Texto: Michelly Perez)

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